Luta de Titã

Luta de Titã

jbcampos

É inacreditável que alguém tenha a condição de vencer tamanha batalha. Duzentos e cinquenta milhões de soldados são desembarcados na “Entranha da Esperança”, por onde começa uma luta aguerrida. Lá está o guerreiro, o único dentre eles que irá romper com vida a grande barreira da vitória. Foi exposto a essa situação sem a respectiva consulta sobre a grande batalha na qual está lutando, contra uma enorme gama de inimigos. Pois, além da vultosa concorrência, enfrenta hostes adversas. Dentre a multidão, somente um, quiçá, dois, serão os vencedores. Dez milhões de habitantes é algo volumoso para poucas cidades terrenas. Sim! A batalha é composta de duzentos e cinquenta milhões de soldados! O local é tenebroso, pois, ali impera a escuridão, e nem todos estão preparados às condições da grande concorrência. Andarilham sobre um vale desmesurado, muitos deles vão se definhando no alagado charco. Os mais fortes levam vantagens sobre os demais. Usa-se o refrão: “Salvem-se quem puder”. A vaga é para o “mais forte”, pode acontecer de alguns chegarem à vitória, porém, bem acima da média cabe apenas a um soldado. Este soldado está sendo acossado por horríveis monstros no elã de devorá-lo, além da população que está sendo morta por muitas tragédias no decorrer da viagem.

Gostemos ou não, é assim que se dá com a natureza humana. Os mais fortes trituram os mais fracos. É a velha questão da sobrevivência. Essa multidão está correndo para um ponto comum e distante.

O glorioso guerreiro é você que está lendo esta mensagem, pois, já passou por esta grande vitória quando foi um forte espermatozóide. Você venceu os anticorpos liberados para proteger a saúde de sua genitora, além, da enorme concorrência à vida na Terra.

Ora, meu irmão (ã), você é mais forte do que imagina, e bem por isto, você pode!

Eis o misterioso universo da criação divina.

Qual o fim dos bilhões de espermatozóides que morreram em cada batalha travada pela vida?

Voltaram a sua origem?

Seus espíritos foram poupados a não enfrentarem este escabroso mundo de violência?

Fomos escolhidos para o aprendizado desta vida, caminho evolutivo à eternidade?

Antes dessa batalha de onde viemos e para onde iremos?

Porém, você pertenceu apenas a uma ejaculação, quiçá, precoce, entre milhões de espermas ocorridos mundo afora, agora vive entre outros Titãs. Portanto, a luta faz de você cada vez mais guerreiro, além de lhe dar o discernimento maior sobre o amor.

Amorável guerreiro do bem cultue o seu mundo interior, pois, este continuará pela eternidade.

Talvez não tenha prestado atenção na maldade humana, porém, se o fizer, estará aprendendo que somente amar vale à pena, mesmo que lhe custe à glória da vida. Haja vista os ícones da humanidade: Jesus, Gandhi, Pedro, Paulo e tantos outros que abdicaram da vitória de viver a matéria para viver o extrafísico do amor eterno...

É bom que se note: Dentre esses Titãs existem os do bem e os do mal, haja vista a calamidade mundial. Os do mal são aqueles que sucumbirão em suas próprias maldades, são àqueles espermatozóides que vão morrendo em suas vaidades terrenas.

Atenção: Não vá esquecer-se de cumprir a sua missão nesta vida, pois, poderá atrasar a grande oportunidade de aprender e galgar a boa escalada no caminho da evolução...

De tudo o que aprendemos nesta transitória existência, concluímos:

Somente o amor incondicional é imutável.

O Clarim da Paz

De que me vale tudo isto?

Jbcampos

De que me vale este vale?

Vale ao vale que me cale?

Que esta minha boca fale,

Ou se cale, e o amor exale.

Esta pena qual me apena,

Apenado pelo vil sistema.

Seria o vale da sombra da morte?

Eia... Virgílio no Inferno de Dante,

Alegoria de um mortal triunfante.

Seria o vale do bom passaporte,

Valendo-me rumo ao norte,

De mera vida com sorte.

Quixotesco meliante.

Cavaleiro Andante.

Seria o vale velado de zelo;

Zelado qual imenso desvelo?

Que eu desvele por esta vela

Qual vento abra em alento

Em respeito ao lamento,

De um ser mui singelo.

E que jamais apague

O sentimento belo

Deste odorífico e

Singelo incenso.

E neste desfecho,

Que jamais se feche

O pendor desta janela.

Quando olho à planície,

Por onde a visão aviste,

Fico alegre; e fico triste.

Sinto a dor que persiste.

Amar é a maré a retornar

À fé. É o amor a trazer paz

Àquele que molda seu olhar.

É mal em bem se transformar.

É calar ao calejar da ignorância,

Ao farfalhar no berço desta infância.

É o colar aprisionando o seu penhor.

O penhor de idolatria ao seu senhor!

Despudorado, clamando por pudor.

Pudico à pândego dourado pinico.

Inodora flor num desabrochar.

Eis, o vale de alegria e lágrima.

Discerni-lo só para quem sabe.

Só o amor com o amar se rima.

Insano-amor à ponta de sabre.

Humildade da paz que se abre.

Lute para não ser um restolhar

De restolho a navegar ao mar

Deserto; sufragando-lhe o ar.

Entenda e faça a sua escolha!

Você pode ser amor ou bolha

Estourada num tisnado olhar.

Irmão faça a sua boa escolha.

Ame!

O Clarim da Paz

jbcampos
Enviado por jbcampos em 25/02/2012
Código do texto: T3519839
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.