Aprendi...

Aprendi com tuas inconstâncias a não prever o acaso.

Faço das minhas ações insensatas por não saber o que me aguarda

ao esbarrar com o teu olhar amanhã.

Penso e busco decodificar suas meias palavras,

e secretos pensamentos.

Vejo em teus passos confusos, teu medo infantil.

Vejo em teu olhar perdido, tua ingênua insegurança.

Vejo em tua extravagante alegria, fuga da tua realidade.

Aprendi...

Sim, aprendi a não mais esperar por promessas,

aprendi com tuas incertezas a equilibrar minhas crenças...

Aprendi...

Sim, aprendi.

Desafio foi ter que aprender saber que hoje pude ser parte tua,

e amanhã...

Quem sabe?

Preferia os maiores cálculos físicos e matemáticos...

Preferia deixar sempre para depois esta lição,

mas secamente a vida chicoteou minhas emoções por eu não tê-la obedecido.

Diga-me como agir?

Fala-me como conhecer tuas ideias?

Faça-me sinais,

envie estrelas,

cartas ao mar,

grite, mas não se cale...

Eu apenas quero desaprender de aprender a te querer.

Ingrid Campêlo
Enviado por Ingrid Campêlo em 07/02/2012
Código do texto: T3485267
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