Meu amor angelical

Fui para distante de mim,

e conheci o infinito...

Ele fez eu conhecer para onde vou sem a companhia da razão.

Conquistou de mim a intrepidez da calma e o sossego da alma.

Trouxe-me ousadia para acreditar no sinal do amor,

para acreditar no fascínio do olhar que me fez amar.

Eu vi,mas eu não percebi que eu era companhia da plenitude,

viajei por galáxias e planetas, buscando encontrar o que deixei no passado...

Eu refleti neste infinito o encanto de estar ao teu lado,

eu quis bem mais ser que tua abstração em tempo real e criado.

Eu pedi ao eterno que me tirasse desse abismo para que eu pudesse enxergar o mundo lá fora, que não era limitado aos teus tantos "querer".

Repito:

- Eu fui para distante de mim,

e conheci o infinito.

Mergulhei, e faltou-me o fôlego quando contemplei tua luz,

teu sonho, teu brilho, tua cor, teu sorrir, teu cantar, teu sentir.

Eloquentemente eu trouxe teus braços para mim,

não resisti ao teu embalo,

e mais uma vez me entreguei demais...

E era isto o que precisava para o silêncio chegar,

e amedrontar a minha busca, a minha companhia do infinito.

Fim sem fim,

paixão sem receio,

esconderijo dos teus braços...

Até que o anjo meu fugiu do meu céu,

voou por outros ares,

anjo meu que hoje se chama saudade...

Dou-te minhas asas para que volte,

dá-me tuas mãos assim como o infinito deu as suas à mim.

Voa por sobre os meus sonhos,

coisa pequena,

coisa menina,

coisa boêmia,

sei que não poderá ser coisa minha,

porém sei que não poderá ser do infinito,

pois não há mal que te pare e nem força que te resgaste...

sei que o nada é teu,e a liberdade é tua,é teu nome e sobrenome.

Fui, simplesmente fui,

segui teu compasso e por isso já não sei mais onde estou,

nem por onde passo,

nem por onde piso,

extravaso,

bendigo,

amaldiçoou,

ou retorno,

pois...

Fui para distante de mim e conheci o infinito,

e por isso,

teu prazer ficou em mim,

teu calor escondi,

e tua dor eu senti

para que este anjo meu retorne,

voe e conheça o infinito ao meu lado sem medo

e no tempo da luz.

Ingrid Campêlo
Enviado por Ingrid Campêlo em 23/01/2012
Reeditado em 23/01/2012
Código do texto: T3457103
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