Amor de caos

Ainda que teu olhar provoque o caos em mim,

teu sorrir aquieta a nostalgia que os pássaros cantam ao te ver passar.

Ainda que este amor seja tragédia para os meus sonhos,

teus passos cessam a chuva que cai nas noites de luar.

Ainda que a dor seja recompensa por satisfação de prazer,

eu escolho os teus beijos com a certeza de que eles não irão me calar.

Tu és a minha desordem,

a lógica alterada,

a ausência dos meus sentidos,

o exagero do querer mal-me-quer,

a farsa do do exato,

a leveza que se dissipa no ar...

E ainda que tudo isso tu sejas,

tomo-te por por propriedade abstrata,

esqueço de minhas virtudes,

deixo o que estar,

tudo para simplesmente ficar e sentir aquilo que não tem nome,

que não resume, o que sinto, e persisto...

É amor...

somente amor...

O que queres de mim?

Quem tu és?

Ingrid Campêlo
Enviado por Ingrid Campêlo em 22/01/2012
Reeditado em 22/01/2012
Código do texto: T3455562
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