Amor de caos
Ainda que teu olhar provoque o caos em mim,
teu sorrir aquieta a nostalgia que os pássaros cantam ao te ver passar.
Ainda que este amor seja tragédia para os meus sonhos,
teus passos cessam a chuva que cai nas noites de luar.
Ainda que a dor seja recompensa por satisfação de prazer,
eu escolho os teus beijos com a certeza de que eles não irão me calar.
Tu és a minha desordem,
a lógica alterada,
a ausência dos meus sentidos,
o exagero do querer mal-me-quer,
a farsa do do exato,
a leveza que se dissipa no ar...
E ainda que tudo isso tu sejas,
tomo-te por por propriedade abstrata,
esqueço de minhas virtudes,
deixo o que estar,
tudo para simplesmente ficar e sentir aquilo que não tem nome,
que não resume, o que sinto, e persisto...
É amor...
somente amor...
O que queres de mim?
Quem tu és?