Quanto vale a felicidade?
Diz o adágio popular: “todo homem tem o seu
preço”. Parece ser uma verdade. Quanto mais o
tempo passa, , mais essa máxima parece ser verdade.
Os interesses das pessoas são cada vez maiores. Não há
como negar o interesse de uma criatura à outra, por menor
que seja ou mais bem intencionada. O homem é o maior
consumidor dele próprio.
Um segundo adágio: “a carne é fraca”, como para
justificar tal procedimento. Ser fraco não significa ser ou
estar inerte e isolado da evolução física e psicolõgica.
Pode ser uma fase da vida, onde os erros são maiores
que os acertos e as reclamações são constantes pela
ausência de sorte. O homem é suficientemente capaz de
buscar e conquistar vitórias, consideradas impossíveis.
A criatura humana, pelas suas deficiências morais,
intelectuais e espirituais, promove atos absurdos,
comportamentos estranhos, que prejudicam o seu
desenvolvimento. É preciso ter garra, força e vontade para
que a caminhada de sonhos seja repleta de realizações.
Os interesses de um para outro variam. Podem ser
coisas materiais e espirituais, vaidade, utopias até por
um carinho, uma amizade, um ato de solidariedade. Afinal,
quanto custa a felicidade e como obtê-la? Não há nada
Quanto vale
a Felicidade?
no mundo que possa pagar beleza tão divina e sagrada.
Felicidade é mais que dinheiro, objetos materiais e
pessoais. Significa a busca constante daquilo que
consideramos ideal, que nos complementa e nos satisfaz.
É a coroação do homem, pelas suas lutas e sacrifícios.
Enobrece e fortalece a matéria suada e cansada pelas
provas da vida.
Ser feliz é estar de bem com a vida, é sorrir, é sentir o
prazer de viver; acordar pela manhã e contemplar o
amanhecer de um novo dia; apreciar o sorriso de uma
criança, o desabrochar de uma flor, o cantar dos pássaros,
enfim, felicidade é isso e muito mais além.
Não existe felicidade completa nesse nosso mundo
de tantas expiações, mas a parcial, temporária. Como
define o poeta apaixonado pela vida: “são momentos
felizes”.
Embora confuso, arrisco que a felicidade completa,
existe na eternidade, onde não há discórdia, desamor,
ganância, brigas, vaidade, obsessão. Lá o homem não
precisa desses recursos e de outros para obter seus
desejos e sua evolução. Só o fato de estar lá, já se
configurava na maior felicidade que uma criatura pode
ter. Nada se compara a felicidade de poder ajudar o
semelhante, auxiliando-o e amando-o.
Ah! Felicidade, onde estás que tanto procuro?
Será vaidade ou instante passageiro?
Por que significa tanto para mim?
Que sonhos são esses que me fazem sofrer?
Será a libertação do sentimento ou
a alma que quer se desprender?
“Felicidade para alguns, impossibilidade para outros.
Sonhos e fantasias e, ainda, momentos para outros mais.
A vida se resume nisso? Viver é um universo repleto de
coisas belas, divinas e maravilhosas. É uma dádiva
perfeita que, justifica plenamente o poder da criação,
daquele que é único e onipotente.
“A felicidade não pode ter limites, porque atinge
dimensões que fogem do alcance do homem. É uma
tentação constante e incontrolável que mexe com sua
dignidade. “O machismo intelecto, incomoda o ego, que
reage pela razão e não pelo coração, significando a
consagração, a valorização e a manutenção da honra”.
Por que será que para obter a tão almejada felicidade
é preciso ir mais além? O homem que enxerga com os
olhos dos outros é um homem cego, sem visão, da
mesma forma, o homem que não aspira a realizações, é
um homem morto. A vida exige constância, persistência,
tolerância, imponência, disciplina, fatores importantes na
formação e caracterização do SER.
Enquanto luta, o homem é feliz; enquanto busca,
também; enquanto almeja, idem; enquanto acredita e tem
esperança, existe razão para ser feliz; enquanto respira,
há vida, há felicidade; enquanto faz parte de uma
sociedade de valores, existe; porém, enquanto o homem
não se conscientizar da sua missão perante o seu meio e
fazê-la valer, a felicidade estará sempre distante e
ausente.
É preciso dedicação, empenho para caminhar adiante,
sem olhar para trás. O passado não volta e não há o que
fazer para mudar naquilo que foi motivo de
arrependimento. Reagindo, o homem poderá encontrar
luz, que iluminará seus passos, progredindo na direção
das metas traçadas, que objetivam um direito tão óbvio,
que é ser feliz.
Por mais que procuremos justificar, não há razões tão
lógicas, que possam substituir a felicidade maior. Todo
cidadão tem direito e deve agradecer imensamente e
enquanto viver. E viver sorrindo, de bem, em paz, solidário,
amando sempre, dividindo, contemplando, multiplicando
quando necessário, sonhando, não cabendo dentro de si
próprio, pois aí está um dos segredos do triunfo.
Sentir-se equivalente diante das filosofias teológicas
é um dever, mas diante das ideologias cívicas, morais,
culturais e materiais, um equívoco.
Passam os dias, as horas, os momentos, as pessoas.
Só não passa a saudade. Que o tempo se incumbe da
verdade de revelar o sentimento real de uma paixão.
A felicidade é referente ao momento no qual se vive.
Ninguém, absolutamente ninguém, pode afirmar categoricamente,
e enquanto viver nesse plano, que é totalmente
feliz. Tudo que se vive aqui é ilusão e passageiro, exceto
as obras que servem como passaporte para uma outra
esfera evolutiva. O homem é impróprio. Muito embora
tenha o poder de raciocinar, não define suas origens e
razões com precisão.
Ser feliz é compartilhar, partilhar, buscar, sentir, amar.
É impossível o homem atingir a perfeição nessa esfera,
até mesmo porque essa máxima contraria os princípios
de sua existência.
Eu busco uma estrela,
Num universo de tantas mil
Eu busco o sol, num dia
Em que sua luz felicidade irradia;
Eu busco o amor, que de tanta dor
Me fez um homem duro e sofredor
Eu busco a paz...
Jamais abrirei mão do prazer que ela me traz,
Eu busco alguém que apareceu num sonho,
Atrevida, bandida, roubou meu destino
Se foi, nem vestígios ficaram pelo caminho.
O sentimento é um bem particular.
Age conforme a reação.
É a Lei da causa e efeito.
A felicidade é uma supremacia.