POSIÇÕES...

Ele posicionava as pernas. À meia lua subia a quentura pelo corpo. Beijos e toques consumiam-se numa interminável contemplação. O talhe na penumbra e corpo na chama. A saudade era tanta que ninguém conseguia guiar-se pelas estradas à ordem. Era a franqueza do amor na delicadeza da entrega. Ele, acrobaticamente, ia me guiando pelas curvas de seu corpo. E eu amava na mesma sintonia com que nossas bocas se entendiam. A mão tocava os espaços preenchendo os vazios um deixados. Eu, sem demora e sem pressa, me entreguei. Era tudo tão intenso, indescritível e incontrolável. Separávamos as pernas e juntávamos os sentidos. O amor era cada cada gota do orvalho que anunciava na janela do quarto um novo dia. Finalmente terminamos aquele encontro ali na cama, porém ele ainda permanece entre nós pelas janelas da vida, no desejo do beijo e no orvalho de muitas manhãs. Abraça-me agora porque nossa hora nunca passou, sou teu...és e serás para sempre, meu doce amor.

À ti...Mon Agel...