Escritas de outrora, vividas agora.
Sentado a beira mar,
revivo os passos de outrora,
anos ilusoriamente de aurora.
Sentado a beira mar,
aqueço-me com o raio de sol,
procurando entre as faces que passam,
a sua e só.
Sentado a beira mar,
lembro-me como nos distanciamos,
e como em um "xeque-mate" do tabuleiro da vida,
reencontramos.
Sentado a beira mar,
sinto a brisa tocar-me a tez,
trazendo o seu afago, outra vez.
Sentado a beira mar,
passo a sorrir e a cantar,
a bailar e dublar,
lembrando dos dias iniciais,
que em plena areia te carreguei nos braços,
construindo as nossas iniciais.
Agora, de olhos fechados,
te vejo na formatura,
em beleza pura,
enchendo-me de alegria,
minha alvura.
Já de olhos abertos,
percebo o mar,
continuando a sorrir e a cantar,
sinto que é tempo,
minha preta,
de construir e amar.