Beleza Interior: O brilho da Beleza Exterior

Sempre discordei de quem fala que a beleza exterior é a mais importante. É claro que isso foi um biótipo criado por um mundo materialista.

De certa forma, mesmo contestando com a opção que o mesmo nos impõe, somos praticamente fotocopiadoras e fazemos o que todos fazem: julgar pela aparência. Infelizmente ao olharmos a primeira vez para qualquer um, observamos os detalhes e vamos direto ao ponto: ele não é bonito (a), não tem isso, não tem aquilo...

Mas na verdade, o que faz uma pessoa ser bonita? Realmente é a beleza exterior? Para indivíduos egoístas e egocêntricos até pode ser, mas o que realmente importa é a beleza interior. Não, não estou aqui falando que é errado ser bonito, arrumar-se, praticar exercícios para manter o corpo em forma. Não é isso de que se trata o texto, mas sim do que muitos não enxergam: “a beleza de dentro”.

Deus olha para o coração, e nós sendo filhos dele deveríamos fazer o mesmo. Ele deixa explícito na bíblia que "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida” (Prov.4:23).

Posso citar aqui grandes exemplos: Você conhece Lia? Não? Então leia a bíblia!!! Ok, ok....é brincadeirinha... Mas voltando, a história que irei contar-lhes irá chegar num ponto importantíssimo. “Começamos do começo”...

...Pois bem, Deus prometeu uma mulher a Jacó e disse que ele a encontraria no poço. Ele obedeceu ao Senhor e chegando lá, avistou Raquel. Raquel era formosa e logo de cara Jacó se encantou pela sua formosura: Beleza exterior. Lia era a irmã de Raquel, primogênita e não possuía beleza exterior como a irmã.

Jacó foi pedir a benção de Labão (pai das meninas), para poder se casar com Raquel. Labão fez um acordo com Jacó, pediu para o mesmo ficar trabalhando a ele sete anos, em troca daria a mão de Raquel. Sete anos se passaram, e chegou o grande dia.

Mas aconteceu algo. Labão não podia deixar que sua filha mais nova se casasse antes da mais velha. Então Jacó tomou Lia por sua esposa. Óbvio, que foi “treta” de Labão e Jacó não sabia de nada. E por esse motivo teve de continuar casado com Lia.

Que triste! Quem ele amava era Raquel. Então fez Jacó mais um acordo com Labão e disse: Ficarei mais sete anos trabalhando para o senhor em troca da mãe de Raquel.

Mais sete anos se passaram, e Jacó teve Raquel por sua esposa.

*(Quero deixar explícito aqui que Deus sempre abominou bigamia, poligamia. E que, mesmo Jacó tomando duas mulheres para si, ele está quebrando os mandamentos do Senhor).*

Continuando... Por ela ser mais formosa que a irmã, Jacó começou a recusar Lia. Ele não a tomava mais para si. Ele a rejeitava. E Lia começou a sentir-se sozinha, desprezada.

Imagine acontecer isso? Ser desprezada pelo seu próprio esposo?!

E tudo isso aconteceu, por não ter “um rostinho bonito”. Agora vem o que mais nos interessa: Deus, vendo a aflição e a solidão de Lia cuidou dela. Ele jamais a abandonou. Deu o privilégio de ter muitos filhos, sendo que Raquel não podia. Cada uma das irmãs tinham seus problemas: Raquel não podia ter filhos e Lia era desprezada.

Lia, tentando achar o que fazer ao marido para ser apreciada, decidiu dar-lhe filhos. Ela teve o primeiro, o segundo e o terceiro. Durante o tempo dessas três gravidezes, Lia achou que podia chamar atenção do marido e ele começaria a amá-la, mas viu que de nada adiantou. Então no quarto filho, Lia louva ao Senhor e começa a servir a Deus de todo o coração. Já era tarde né? Deus enxugou suas lágrimas desde que ela foi desprezada. Ele viu com toda a certeza o seu coração, não olhava para aparência como Jacó. Além de tudo, Lia teve um filho chamado Judá e teve a honra dado por Deus, de seu filho ser descendente de Cristo mais tarde, que seria conhecido como: “O Leão da Tribo de Judá”. Impressionante não?

Voltamos então à Raquel, que duvidava muitas vezes de Deus. Por isso só mais tarde teve a oportunidade de ter filhos e dando a Jacó os descendentes que Deus havia prometido. E tudo foi feito conforme a permissão de Deus.

Moral da História: Não interessa se você é feio ou é bonito. O que interessa é seu coração, principalmente para Deus. A beleza da alma traz beleza ao rosto. Somos tão mesquinhos quando julgamos pela aparência. Mesmo que você se sinta assim, Deus não te desempara. Você pode até ser excluído pelo mundo, por ser “feio”, ou até mesmo bonito demais.

O que temos que ter sempre em nossa mente é que Deus não excluí ninguém, e ele olhará quem somos por nossa beleza interior. Precisamos ver as pessoas como Cristo as vê.

Não julgue o livro pela capa, já ouviu esse provérbio? Principalmente se ele está “arruinado” ou “não é bonito” aos seus olhos. O que terá dentro dele poderá ser uma grande surpresa.

Acredite, a beleza interior é o que dá brilho a sua beleza exterior!

Ingrid Schalenberger
Enviado por Ingrid Schalenberger em 10/11/2011
Reeditado em 10/11/2011
Código do texto: T3328450