Acostume-se...
Acostume-se,
Sou assim...
Não há o que fazer.
Sei que me comporto mal.
Má menina que esqueceu que cresceu,
Mulher cruel que não sabe que fere,
Ou mesmo sabendo,
Fere mesmo assim.
Impaciente ser que por ora habita
Esse coração palpitante,
Essa carne morena,
Essa boca flamejante.
Acostume-se...
Não sei se posso mudar...
E se mudar,
Que certeza terei
De que ainda vai me querer?
Falo demais,
Conto vantagens,
E daí?
No fim de tudo
Com meu sorriso inocente
Ou minha cara de deboche (como queira)
Sempre ganho meu perdão.
Afinal...
Se de tudo falo
Ou mesmo no pouco que calo
Sempre,
Em tudo,
Tenho você no coração.