No antro da vergonha hospitalar

No antro da vergonha hospitalar

Jbcampos

Na realidade; não há encanto

No óbvio de hospitalar canto!

Corredores de brados-prantos.

O impotente e carente em dor.

Ali jamais se verá um senador!

Somente os coitados deitados.

Corredores, insetos e roedores

Rindo dos entes infeccionados.

À esperança de uns deputados.

É o comércio de órgãos e vidas.

Não há autoridade de verdade.

É chaga ao sangrar dessa ferida.

Ao sentir indecência torturante

O vômito indômito vem avante.

Eis o lucro das dores constantes.

Dele vivem os doentes doutores,

Inchados de seus nobres labores.

Há nos seus corações solícitos,

O fremir dos gemidos e gritos.

Desoladores corações aflitos,

Em seus estertores malditos.

Porém, fica a velha impressão

Impressa na nossa impressão;

Parece não terem compaixão,

Ou... Vergonha; seria a lição?

Então é difícil até para o bom!

É o banditismo grassando a nossa vida doentia...

E a droga bailando em nossa passarela

Demonstrando a nossa aquarela.

Qual u’a natureza fria.

O Clarim da Paz

jbcampos
Enviado por jbcampos em 13/10/2011
Código do texto: T3274735
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