(CABLÔCA DO AMOR!)
(CABLÔCA DO AMOR)
TERMINADO UMA ESTROFE, CAMINHO PELAS DAS RUAS DESERTAS. CADENCIADOS SÃO MINHAS PASSADAS.
NO MAS INTIMO DO MEU ÂMAGO, PULULA SOMENTE PAZ, FRATERNIDADE.
NESTE PASSEIO, AVISTO AO LONGE UM BELO CAIS, QUAL RECEBIA ÁGUAS REVOLTOSAS DO MAR COM PROFUNDA TRANQÜILIDADE.
FOI NESTE MESMO CAIS, QUE ME SURGIU UMA CABLÔCA, SUA FEIÇÃO LÍMPIDA CRISTALINA.
AS PUPILAS DAS VISTAS PARECIA-ME COMO AS FORMOSAS PEROLAS NEGRAS DOS MARES ADRIATICOS.
POR SEGUNDO FIQUEI ESTÁTICO, COMTEPLANDO AQUELA LINDA SILHUETA.
PASSANDO PERTINHO DE MIM, DEU-ME UM AMPLO BELO SORRISO, PROSSEGUIU SEU TRAJETO.
POR ALGUM TEMPO ACOMPANHEI SUA ESBELTA FIGURA, ATÉ OCASO DA MINHA VISÃO.
MUITO TEMPO JÁ SE PASSOU DESDE AQUELA NOITE A BEIRA DO CAIS. ALGUMAS VEZES RECORDO DAQUELA LINDA SILHUETA, QUAL NÃO TIVE FORÇA DE PERGUNTAR SEU NOME E CRIAR UM INENARRÁVEL POEMA COM VÁRIAS ESTROFES.
O QUAL TERIA O TITULO; CABLÔCA DO AMOR!
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AA. -------- J. ------- C. -------- DE MENDONÇA.
DATA. -------- 31. -------- 12. -------- 1970.