Reminiscência de um estranho passado colorido
Por certo não estive acordado, vivenciei um estado
De alegria ímpar, era um mundo de vida esmerada.
Será que estive num paraíso desajuizado e cerrado
No meu juízo de lesada ilusão mesclada, rivalizada,
Ou encalhada na desilusão de nada saber de nada?
Criaram tantos paraísos a minha imaginação calada
À espada traspassada ao peito lanhando o coração
Apaixonado à serviçal do amor trocado pela paixão
Estapafúrdia. Era uma alma desconhecida de amor
Entorpecido em uma cega paixão. Sei que era você
Sem nome, sem destino e inefável, porém, à mercê
Deste vil escravo escaldado e, iludido no inexplicável
Paraíso de um bom deus desconhecido. Melíflua flor-
De-Lis. E por um triz não me desfiz para me recompor
No amor de um ser feliz. Existe realmente esse amor?
A culpa é toda sua, bela Dona, encantadora
Senhora desconhecida e perdida na flora
Do velho jardim de minha memória.
Estive no encanto do seu canto!
Era o céu de pleno espanto!
Minha amada, quem era você?
O mediador