A CARIDADE É A PLENITUDE DA LEI

O amor encontrou na caridade sua justificação. Muito embora outras vertentes possam também manifestá-lo, esta não encontra paralelo como sublime e nobre sentimento que representa.

Quando expresso de forma voluntária, longe de exibicionismo e notoriedade, traz em seu âmago a pureza proveniente do coração abnegado daquele que a pratica. “A fé sem obra é morta”, e realmente acreditar simplesmente produz uma falsa idéia de dever cumprido, deixando a impressão de coisa incerta, nebulosa, abstrata, ao passo que a confiança e a fidelidade criam sintonia e harmonização, numa simbiose entre a alma humana e o Espírito de Deus. É quando se neutraliza o “ego humano” deixando florescer o “Eu Crístico”, tendo em Paulo de Tarso a apoteose deste feliz ressurgimento. A partir daí praticar a caridade passa a ser algo espontâneo, natural, até como uma necessidade fisiológica.

A alma ajustada e plenificada na fé, que é o maior atributo fortalecedor da criatura, descobre-se no mundo, porem não se reconhece como pertencente à ele, mas sim um ser ambicionando aprimoramento utilizando este pequeníssimo espaço de tempo existencial em busca de sua auto-redenção. Cumpre a Lei do Amor em sua total plenitude, pois alcançou igual estágio e por ter sido criada pela mesma fonte já não são mais os olhos carnais que enxergam a vida, mas a visão espiritual que se manifesta.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 08/09/2011
Reeditado em 19/07/2020
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