Bilhete
Afinal o que deu em você ? - Pergunto atônita.
Agora que meus olhos já não possuem o mesmo brilho adolescente no olhar, e os meus cabelos já não têm os caracóis que desciam em cascata negra até a cintura, e que te faziam cantar a música do Roberto, com umas alterações safadinhas, (segredinho nosso!) e meus seios já não são as duas laranjinhas que te faziam “tentar” tatear, no meio do salão dos nossos bailinhos de luz negra.... e muitas vezes até conseguia (eu deixava!)
Eu sempre te admirei, por me permitir ler textos em praça pública, gargalhar à mesa e conversar em voz alta, feito uma gralha do nosso lugar. Sempre desejei mais e mais, tê-lo ao meu lado, porque tua timidez me fascinava (até hoje me encanta) e teu beijo sempre me aguardava, sereno, à porta aberta do carro, para me levar prá casa.
Hoje, me surpreende esse ciúme, estampado na cara amarrada, e numa tristeza nunca antes encontrada.
Eu sempre fui tua, eu nunca desejei outros beijos, nem outro corpo, nem outro sorriso maroto, que não o teu.
Eu sempre fui levada às estrelas, nas delícias do teu corpo, e te carreguei comigo ... E agora, lá vem você, com ciúme de um poeta, de uma figura virtual, que certamente tem lá os seus encantos, (literários e momentâneos) , mas que é esquecido, no momento do “clic” final, do aviso estampado na tela: - " seu computador já pode ser desligado com segurança" ? -Se quando apago a luz do nosso quarto, é a você que dedico todo o meu calor real, que te consome ? que afinal nos consome...
Ciúme dos meus dedos da maturidade, como você bem diz, que agora escrevem com muito mais vigor , que os poeminhas verticais, antes escritos, com minha caneta BIC - ESCRITA FINA (já que com a tinta grossa eu borrava com minha mão esquerda), nos cartões recortados com tesoura de picotar, lá na nossa adolescência ?
Mas as palavras que te dedico, todas as noites ao pé do teu ouvido, são as mais puras, as mais francas, mais honestas. Você bem sabe, meu amor.
Se são teus, todos os sonetos que digo no momento do êxtase, se os únicos cabelos que meus dedos de fato querem desalinhar, nas madrugadas frias, que esquentamos embaixo do nosso edredom, são os teus. Se tuas costas, são as únicas a ser encravadas por minhas unhas apaixonadas, por que esse ciúme afinal ?
Não arranho outras coxas, não me deito em outro peito, não dedico pensamentos obscenos a mais ninguém... você sabe que sou tua e que te amo, que te amarei eternamente !
Pode viajar tranqüilo, eu guardo todos os meus desejos ao lado vazio da nossa cama, e espero, sozinha, como sempre, o teu doce regresso !
E, não esqueça, lá no teu congresso, que TEU É O MEU DESEJO !
ps... Já cheia de saudade, consertando esse texto, a teu pedido, relembrando coisinhas...(delícias nossas)
Hoje me acabo naquela caixa de bombom que tu deixou com o bilhete
lá na portaria !
Afinal o que deu em você ? - Pergunto atônita.
Agora que meus olhos já não possuem o mesmo brilho adolescente no olhar, e os meus cabelos já não têm os caracóis que desciam em cascata negra até a cintura, e que te faziam cantar a música do Roberto, com umas alterações safadinhas, (segredinho nosso!) e meus seios já não são as duas laranjinhas que te faziam “tentar” tatear, no meio do salão dos nossos bailinhos de luz negra.... e muitas vezes até conseguia (eu deixava!)
Eu sempre te admirei, por me permitir ler textos em praça pública, gargalhar à mesa e conversar em voz alta, feito uma gralha do nosso lugar. Sempre desejei mais e mais, tê-lo ao meu lado, porque tua timidez me fascinava (até hoje me encanta) e teu beijo sempre me aguardava, sereno, à porta aberta do carro, para me levar prá casa.
Hoje, me surpreende esse ciúme, estampado na cara amarrada, e numa tristeza nunca antes encontrada.
Eu sempre fui tua, eu nunca desejei outros beijos, nem outro corpo, nem outro sorriso maroto, que não o teu.
Eu sempre fui levada às estrelas, nas delícias do teu corpo, e te carreguei comigo ... E agora, lá vem você, com ciúme de um poeta, de uma figura virtual, que certamente tem lá os seus encantos, (literários e momentâneos) , mas que é esquecido, no momento do “clic” final, do aviso estampado na tela: - " seu computador já pode ser desligado com segurança" ? -Se quando apago a luz do nosso quarto, é a você que dedico todo o meu calor real, que te consome ? que afinal nos consome...
Ciúme dos meus dedos da maturidade, como você bem diz, que agora escrevem com muito mais vigor , que os poeminhas verticais, antes escritos, com minha caneta BIC - ESCRITA FINA (já que com a tinta grossa eu borrava com minha mão esquerda), nos cartões recortados com tesoura de picotar, lá na nossa adolescência ?
Mas as palavras que te dedico, todas as noites ao pé do teu ouvido, são as mais puras, as mais francas, mais honestas. Você bem sabe, meu amor.
Se são teus, todos os sonetos que digo no momento do êxtase, se os únicos cabelos que meus dedos de fato querem desalinhar, nas madrugadas frias, que esquentamos embaixo do nosso edredom, são os teus. Se tuas costas, são as únicas a ser encravadas por minhas unhas apaixonadas, por que esse ciúme afinal ?
Não arranho outras coxas, não me deito em outro peito, não dedico pensamentos obscenos a mais ninguém... você sabe que sou tua e que te amo, que te amarei eternamente !
Pode viajar tranqüilo, eu guardo todos os meus desejos ao lado vazio da nossa cama, e espero, sozinha, como sempre, o teu doce regresso !
E, não esqueça, lá no teu congresso, que TEU É O MEU DESEJO !
ps... Já cheia de saudade, consertando esse texto, a teu pedido, relembrando coisinhas...(delícias nossas)
Hoje me acabo naquela caixa de bombom que tu deixou com o bilhete
lá na portaria !