Chovendo no malhado ferro frio

Estando cada vez mais desapontado

Vendo o meu irmão necessitado,

Joeirado pelo poder político

Com notáveis paralíticos.

Biafra; por faltar à safra do trigo

Olho ao meu gordo umbigo

E comigo me intrigo.

Sou: mendigo

Renitente,

Sou ameaço de gente.

Incontinenti e impotente; penso

Nos cegos e ricos apensos

Ao poder indecente.

Engodo de gente.

Quantia vultosa

E bem desastrosa

Mandada ao espaço

Deixando só o cansaço

Ao pobre do embaraço.

Sputiniks

De chiques

Homens nobres

Ao ver o ser morrer

De fome cruel e reviver

A mera dor de o maligno poder.

E a inanição, desprezível compaixão

Manchando de sangue o nosso chão.

Inocente, inclemente e aviltante visão.

Cadê o amor ladino de palestino-cristão?

Cadê o amor prestativo da caridosa religião?

Não há mais desculpas, criaram a globalização!

Ou esta situação só acode a grande organização?

Cadê os direitos retos de tortos desumanos mortos.

Onde estás... “Oh... Senhor dos Desgraçados”?

Salve Castro Alves e o seu antigo palavreado.

O mundo não quer mudar, quer continuar imundo.

Um mundo que em si se encerra pela mefistofélica guerra.

E você acha que aqui só existem flores?

O Clarim da Paz

jbcampos
Enviado por jbcampos em 12/08/2011
Código do texto: T3156491
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.