Chovendo no malhado ferro frio
Estando cada vez mais desapontado
Vendo o meu irmão necessitado,
Joeirado pelo poder político
Com notáveis paralíticos.
Biafra; por faltar à safra do trigo
Olho ao meu gordo umbigo
E comigo me intrigo.
Sou: mendigo
Renitente,
Sou ameaço de gente.
Incontinenti e impotente; penso
Nos cegos e ricos apensos
Ao poder indecente.
Engodo de gente.
Quantia vultosa
E bem desastrosa
Mandada ao espaço
Deixando só o cansaço
Ao pobre do embaraço.
Sputiniks
De chiques
Homens nobres
Ao ver o ser morrer
De fome cruel e reviver
A mera dor de o maligno poder.
E a inanição, desprezível compaixão
Manchando de sangue o nosso chão.
Inocente, inclemente e aviltante visão.
Cadê o amor ladino de palestino-cristão?
Cadê o amor prestativo da caridosa religião?
Não há mais desculpas, criaram a globalização!
Ou esta situação só acode a grande organização?
Cadê os direitos retos de tortos desumanos mortos.
Onde estás... “Oh... Senhor dos Desgraçados”?
Salve Castro Alves e o seu antigo palavreado.
O mundo não quer mudar, quer continuar imundo.
Um mundo que em si se encerra pela mefistofélica guerra.
E você acha que aqui só existem flores?
O Clarim da Paz