Noite qualquer.

Noite qualquer. Vento frio (ou porque não, corpo quente). Pensamentos embaçados. Olhar sereno. Busco formar frases em minha cabeça (tentativa inútil). Palavras soltas rodam em minha cabeça, me deixando tonta. Fecho bem os olhos, abro lentamente. Olho pros lados e mais uma vez olho pro horizonte (pro nada), cabeça esvazia completamente. Até que, surge apenas uma imagem. Dois corpos um colado no outro, a sensação de troca de calores são constantes, não sei como explicar (apenas a física explicaria quão constante seria essa troca). A brisa quase constante, quase gelada, chocando entre ambos. O frio na espinha. O sorriso leve ao sentir. Olhos se cruzam. Ela admirando cada detalhe daquele olhar, olhar sublime, misterioso (mas ela gosta tanto daquele olhar, querendo decifrar). Voltando a minha realidade em instantes, olho pro um dos meus lados e vejo o local daquele pensamento, então surge novamente á cena, e me perco novamente entre meus pensamentos. Por um momento a sensação de que o tempo parou ali. Meus olhos refletem o casal. E vou viajando em imagens. Sorrindo sozinha. Suspiros. E mais uma vez vou procurando palavras pra decifrar aquele momento, dizer como estou me sentindo ao ver tudo aquilo. Porem, mais uma vez as palavras se embaraçam em minha cabeça. Algo então retira o meu foco. E percebo que algumas pessoas falam próximas a mim (balanço a cabeça rapidamente, fecho os olhos). E ao abri-los percebo que aquele casal (talvez apenas amigos) sumiu. (Suspiro profundamente...)

Kaynara Marinho

J K Marinho
Enviado por J K Marinho em 23/07/2011
Reeditado em 25/07/2011
Código do texto: T3112838
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