Ainda sobre o tal amor...
Ainda sobre o tal amor...
(Silvana Cervantes)
Os Indianos preferem construir um amor,
muitas vezes casam-se sem se conhecer,
sem paixão alguma vão se afeiçoando
e assim, muito tempo depois dizem:
_ Eu te amo!
Sentem-se preenchidos finalmente.
Isso seria o antídoto para o grande mal sonrrisal
que acomete-nos?
Talvez....
O fato é que hoje, assim como uma potente droga
alucinógena, a paixão vem sido erroneamente confundida com o amor.
Como um drogado, passamos a buscar sentir mais um pouquinho
desse "barato"... Os pés fora do chão, borboletas no estômago, ânimo para a vida,
riso solto no ar...
Mas.... O grande "barato" tal qual uma droga, tem efeito curto.
Depois da segunda trepada, as vezes depois da primeira mesmo... Tudo acaba!
Então, o jeito é tornar a buscar...
E assim, de busca em busca, de galho em galho, de tentativas e "desilusões",
seguimos, enquanto o tempo implacável nos engole...
Mas, nada disso é novidade...
O novo que proponho é parar tudo!
Tempo para refletir:
Até quando agiremos como drogados?
Onde isso nos levará?
Ao sempre vazio que toda droda leva... Com certeza...
E se VAZIO é tudo o que não queremos sentir, saibamos que quem dá os dados
são os nossos pensamentos...
Simmmmmm...
Afinal, comanda nosso pensar e sentir?
A mídia? O tal capitalismo que nos empurra a trocar de carro todo ano e de amor a cada segundo?
Entremos em ação! Comandemos!
Fixemos raízes em solo fecundo, com tempo, permitamos de coração aberto conhecer alguém a fundo.
Retornemos o pensamento ao início das conversas, retomemos as sensações, cheiro, gosto, beijo,
não percamos o fio das primícias, conservemos dentro de nós o calor que aquece os pensamentos.
Enquanto procurarmos no outro a solução, nunca acharemos, porque ela está sim, bem dentro de nós.
(Silvana Cervantes)