Instituto Parnasiano
Com o decorrer de muitos anos, já pensei em me internar num instituto parnasiano, onde tenha de muito poetar, quiçá, passar de ano. Uma escola com a verdadeira estola a estourar todas as pistolas de facínoras estupradores de meninas citadinas ou; dos mais profundos interiores que de certo de tão perto ficam ali naquela esquina dos horrores. Esquina da nossa memória a contar horrenda história de uma raça pequenina a qual veste a carapaça da ruína. Seria um quartel donde receberia o anel de bacharel por descrever melhor o amor com a maestria de pinceladas esculpidas pelo cinzel do sensível menestrel. Aquele que embrenhasse no coração do ser humano por eternos anos e que houvesse o verdadeiro enlace e este compromisso jurasse perante a brilhante face do verdadeiro Ser, qual nem precisasse ser o pretor do malfeitor agora entregue aos traços de amoráveis abraços do verdadeiro amor.
E por falar em amor... E você aí doutor; tem acompanhado e praticado o amor incondicional, aquele que aprendeu na universidade da sapiência da ciência e da moral eclesial? Ou apenas estudou para ser mais um entre os mesmificados na jactância da estância de boçal pecado capital que o incha de cabotinismo de sinuoso mal?
O que ainda não se percebeu foi o dom dado ao poeta por Deus. Haja vista a musicalidade empregada na própria essência de que o amor é a ciência da consciência e da metáfora a sobrepujar a ciência exata ou a arte cabal. Nada é mais parnasiano do que o mistério da parábola na santimônia do etéreo e poético plano aplicado no ministério da sincera simplicidade despojada da ignominiosa vaidade...
Ah... Se isso fosse possível, já que poeta quase nasce feito.
Um nasce flor, e outro abrolho...
Um nasce trigo, e outro joio...
O Clarim da Paz