SETE VEZES SAUDADE
SAUDADE SAUDADE SAUDADE SAUDADE SAUDADE SAUDADE SAUDADE
Ah, essa palavra doce-amarga, essa palavra tão só da nossa Língua Portuguesa, essa palavra sem sinônimo possível, essa palavra com objeto próprio ou não, quando, por exemplo, o ser se recorda do rosto que não teve, da Era em que não existiu, do espelho do qual se desviou, das veredas perdidas ao longo da estrada, das estradas que se bifurcam (como teria sido a trajetória por aquela que não se pôde escolher?) dos momentos que antecedem o acordar, quando não se sabe muito bem em que mundo se está… saudade saudade saudade saudade saudade saudade saudade… assim sete vezes repetida como se, repetida sete vezes, pudesse trazer, por ato mágico, para junto o distante Penso que escolhi bem a palavra, amor, quando já se está aproximando o fim deste dia.
Às 21 horas e cinquenta e dois minutos de 11 de julho de 2011.