AI, AMOR,MEU QUASE TRÁGICO AMOR: QUE SAUDADE DE NÓS!

E eu vendo e ouvindo vídeos de Elis com Adoniran e Maysa a cantar Ne Me Quite Pas, e Disparada com o Jair Rodrigues, e A Banda com o Chico Buarque, e My Way com Frank Sinatra, e Volver com Carlos Gardel, e Fado Português com Amália Rodrigues, e Cantiga de Amigo com Elomar, e Domingo no Parque com Gilberto Gil, e muitos e muitos outros fados de Coimbra e de Lisboa, em voz, em guitarradas, e muitos tangos dos cabarés de Buenos Aires, e modinhas, e o lindo samba Canto Chorado do Billy Blanco que acabou de partir, e Paulinho da Viola em Sinal Fechado... e também eu mesma, com meu pobre canto e ai, amor, como a saudade mata a gente, como mata, nesta tarde e nesta noite em que tudo falta, tudo longe como em outra galáxia, uma galáxia que já não há no céu, uma galáxia pretérita.

E depois, às 10 horas da noite, tomando um vinho português, enquanto a assistir a um filme ‘água com açúcar’, a um desses filmes desarvoradamente românticos, com a história de um Romeu e de uma Julieta que, tendo se amado adolescentes e se perdido um do outro, se reencontram depois de 50 anos e vários filhos e netos, para um final feliz.

Ai, amor, meu quase trágico amor, meu amor mais romântico em todo o mundo: que saudade de nós! Que saudade irremediável de nós!

No início da madrugada de 10 de julho de 2011.