O REAL
O real.
Pensar na força de um sentimento, que poderia se transformar em dois. O amor pudesse vencer qualquer desafio, derrubar as piores barreiras, “deixando o diferente igual”. Transformando todos os tipos de corações...
Sentimento que acreditava em dias melhores. A geleira transformasse em água rapidamente. Esse sentimento emanaria alegria. Alegria pra mim. Alegria pra você.
Fazê-lo feliz! Transformar os seus dias! Desejava que acordasse, desejando me ver. Que dormisse, desejando que estivesse ao seu lado.
Luta sozinha. Luta perdida. Lutava todos os dias para trazer você para o meu lado. Queria ficar com você, aceitando todas suas loucuras. Não me importava, queria ser louca também.
Estar ao seu lado sempre. Conseguia ser “fã-orfá”. Admirava até mesmo seu silêncio.
Sentimento passivo, nas suas migalhas. Contentar-me com o encaixar da sua agenda. Não era submissão. Era paciência. Era bem-querer. Sentimentos bons, tão bons que não sabia falar não a você.
Alimentava-me de esperanças. O tempo poderia ser meu amigo. Machucada, sai da batalha. Você me tirou da luta. Você virou intangível.
Tenho ainda fantasmas dentro de mim. O final chegou, mas ainda tudo é muito vivo dentro de mim. São os sinais de uma guerra mental. Guerra mental que travo comigo mesma.
Guerra que luto para virar aceitação em mim. Guerra que luto para aceitar as decisões mantidas.
Final com obrigação do aceitável. Abrir a caixa da memória, colocar as lembranças dentro e perder a chave. Lembranças que não devem ser mais mexidas. Lembranças fortes onde o mal-feito vence qualquer sorriso.
Acreditar numa nova embalagem imensa. Imensa para caber as boas surpresas que vida reserva. Aberta à descobrir as boas sensações de estar viva e disposta a ser feliz.
Puxar apenas o igual. O “parecido” é melhor, é sustentável. Admiração real. Viver de realidades sem ilusões é seguro. Viver de realidades é saudável. Viver de realidades é caminho base pra felicidade. Felicidade é ter alguém quem estende a mão. Aperta sua mão quando você precisa e a solta apenas quando pedimos, mas com a certeza que sempre a tocaremos.
C.Ortega – 26/06/11 22:00hrs