Uma rolha de dor e uma taça de amor
Uma rolha
Entorpecida
E; umedecida
Criando bolhas.
Eis a sua escolha.
É o deus do vinho
Urgindo à orgia.
Greco-romano
Vinho e sexo
Amor humano.
Demasiadamente
Humano e inclemente.
Assim vai se construindo
A vaidade da humanidade só
Do engano pelo qual o justo Ló
Coabitou com as suas duas filhas
E delas teve filhos como a uma só ilha
Separando-se pelo dionisíaco Baco tinto
O qual se transforma sempre em absinto.
Velho Vinho, muito bom pela velha tradição,
Mas, jamais esteja à direção dessa condução,
Pois, poderá ir à contramão dessa má direção.
Ou se fartar ao faltar com o decoro e vir maldição
Como agiu o justo Ló ao procriar os próprios netos.
O seu vil incesto o fez infringir o mais puro decreto.
Seria a culpa de um semideus, ou a loucura do vinho
Sangue do Santo, misturando-o com o sal de cozinha
Inerte de um ato tão vil e banal. Sodoma e Gomorra
Arte desta masmorra infernal. Diga-a que morra.
Ainda inclemente com uma estória bem chata
Ao mudar o vago olhar à mulher em estátua.
Que nunca mais retorne ao que a alma mata.
Que o maldito vinho pare de destruir o ninho
De tanta gente boa e que Deus não ama à toa.
Como ousam dizer os fabricantes subliminarmente:
Beba com moderação.
O Clarim da Paz