Uma rolha de dor e uma taça de amor

Uma rolha

Entorpecida

E; umedecida

Criando bolhas.

Eis a sua escolha.

É o deus do vinho

Urgindo à orgia.

Greco-romano

Vinho e sexo

Amor humano.

Demasiadamente

Humano e inclemente.

Assim vai se construindo

A vaidade da humanidade só

Do engano pelo qual o justo Ló

Coabitou com as suas duas filhas

E delas teve filhos como a uma só ilha

Separando-se pelo dionisíaco Baco tinto

O qual se transforma sempre em absinto.

Velho Vinho, muito bom pela velha tradição,

Mas, jamais esteja à direção dessa condução,

Pois, poderá ir à contramão dessa má direção.

Ou se fartar ao faltar com o decoro e vir maldição

Como agiu o justo Ló ao procriar os próprios netos.

O seu vil incesto o fez infringir o mais puro decreto.

Seria a culpa de um semideus, ou a loucura do vinho

Sangue do Santo, misturando-o com o sal de cozinha

Inerte de um ato tão vil e banal. Sodoma e Gomorra

Arte desta masmorra infernal. Diga-a que morra.

Ainda inclemente com uma estória bem chata

Ao mudar o vago olhar à mulher em estátua.

Que nunca mais retorne ao que a alma mata.

Que o maldito vinho pare de destruir o ninho

De tanta gente boa e que Deus não ama à toa.

Como ousam dizer os fabricantes subliminarmente:

Beba com moderação.

O Clarim da Paz

jbcampos
Enviado por jbcampos em 01/07/2011
Reeditado em 02/07/2011
Código do texto: T3069123
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