A vida é de particular visão
Irmão de caminhada;
Nesta estrada asfaltada,
Quiçá, estrada cascalhada
Ou com pedras; apedrejada.
Quem sabe se, empoeirada,
Em confusas encruzilhadas.
Por ela já muito passeei.
Dela jamais me cansei.
A vida é um botijão de chão
Às vezes tropeçada pelo pé.
Mas, quando isto acontece
Mete-se os pés pelas mãos.
Pela falta de esperança na fé
Não posso de nada a ela reclamar,
Já tive de tudo o que se possa desejar.
Os bens materiais quais se queira alcançar.
Modestamente ainda os tenho, amorável pousada,
Conquistada com trabalho alegre e de muito empenho.
Nobres filhos e netos aos quais não lhes fataram o afeto;
Esposa e grande generosidade; qual se foi compelida à idade.
Como já se deu para notar, a maior riqueza está no bendito lar.
Bem por isto a minha visão me abate não podendo deixar de ver
Aquilo que não posso entender direito, o meu irmão escravizado
Por outro irmão safado, e se achando um deus todo endeusado
Ainda faz a justificação hipócrita; dizendo-se bom de coração.
Pensando em fama, cifrão e lauta mesa entumecida de pão.
Espezinha seu irmão coitado a viver, ou morrer aficionado
Pela sua libertação. E por isto não tenho uma boa razão.
Trago grande alegria no peito por ter vivido o direito
De viver direito. E sou bem feliz sendo o que quis.
Um belo dia quis fazer... Se quiser saber mais
Por fineza... Queira dar-me o prazer aqui,
De ler algo mais que pra você escrevi.
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