A vida é de particular visão

Irmão de caminhada;

Nesta estrada asfaltada,

Quiçá, estrada cascalhada

Ou com pedras; apedrejada.

Quem sabe se, empoeirada,

Em confusas encruzilhadas.

Por ela já muito passeei.

Dela jamais me cansei.

A vida é um botijão de chão

Às vezes tropeçada pelo pé.

Mas, quando isto acontece

Mete-se os pés pelas mãos.

Pela falta de esperança na fé

Não posso de nada a ela reclamar,

Já tive de tudo o que se possa desejar.

Os bens materiais quais se queira alcançar.

Modestamente ainda os tenho, amorável pousada,

Conquistada com trabalho alegre e de muito empenho.

Nobres filhos e netos aos quais não lhes fataram o afeto;

Esposa e grande generosidade; qual se foi compelida à idade.

Como já se deu para notar, a maior riqueza está no bendito lar.

Bem por isto a minha visão me abate não podendo deixar de ver

Aquilo que não posso entender direito, o meu irmão escravizado

Por outro irmão safado, e se achando um deus todo endeusado

Ainda faz a justificação hipócrita; dizendo-se bom de coração.

Pensando em fama, cifrão e lauta mesa entumecida de pão.

Espezinha seu irmão coitado a viver, ou morrer aficionado

Pela sua libertação. E por isto não tenho uma boa razão.

Trago grande alegria no peito por ter vivido o direito

De viver direito. E sou bem feliz sendo o que quis.

Um belo dia quis fazer... Se quiser saber mais

Por fineza... Queira dar-me o prazer aqui,

De ler algo mais que pra você escrevi.

http://campossonhovida.blogspor.com

jbcampos
Enviado por jbcampos em 15/01/2011
Código do texto: T2730884
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