POR QUASE UM SEGUNDO

POR QUASE UM SEGUNDO

Parei!

Ar, cadê?

Chão, onde?

Morrer, pra quê?

Levitei...

Por quase um segundo,

vaguei sem órbita,

subi aos céus,

desci ao centro da Terra,

naveguei os oceanos,

visitei todos os buracos sem fundos

satisfiz todos os desejos fecundos

perdi a noção do tempo,

do elo que une e separa as eras,

liberei as feras,

encharquei as entranhas,

desamarrei as façanhas...

Beijei!

Tua boca,

tua alma...

E por quase um segundo,

vivi todo um mundo!

Silvana Cervantes

12/01/2011

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 13/01/2011
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