Justamente.

Hey garoto, olhe para cá, não desvie esses olhos azuis de meus olhos verdes. Vem sentir junto a mim a pulsação do meu coração a mil, como uma batida de uma musica agitada, sentimento de explosão, verão.

Hey garoto quando eu passo sei que me encara, deixa-me entender e interpretar cada fio de cabelo seu, cada estação do seu corpo.

Hoje te vi passando perto a mim, um empurrão e estava posta a sua frente, cara a cara, formando um novo rosto, um novo vinculo, não pude mais evitar, meu rosto ficou vermelho igual a rosa e você riu.

Eu não entendo essa sua maneira de agir, esse seu jeito complicado de interpretar as coisas, mas eu não nego, isso me anima, me faz procurar mais fundo, me faz pensar sobre as mediações de tal situação que não esta mais estável.

Hey garoto, vem perto, me deixa sentir de novo o toque da sua mão perto da minha, de leve, suave, quase imperceptível, tive a sensação que estava tocando nas nuvens, pelo menos cheguei até lá.

Incansavelmente olho para a pele de seu rosto, delicado, serio, único, passando por mim sobre canto de olho.

Eu desejo sentir a pulsão de seu corpo, de seus desejos, quero brincar de fazer de conta, quero reviver!

Persistir no erro será burrice?

Desistir depois da queda será um fracasso?

Seus braços, em torno, contornando o traço dos meus, suas mãos, suavemente senti, foram como espinhos sem rosas, ou como as rosas ainda murchas.

Revivi.

Gabriela Carvalho
Enviado por Gabriela Carvalho em 26/11/2010
Reeditado em 26/11/2010
Código do texto: T2638665
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