AMOR E ÓDIO

Sentimentos gerados no Homem e que se assemelha a uma gravidez gemelar uniovular, enfim Amor e Ódio são irmãos gêmeos. Somos portadores de emoções de grande responsabilidade social, onde levamos numa linha mediana imaginária o equilíbrio do mundo.

Segundo BUENO, Silveira em seu dicionário Amor é definido como Afeição; objeto dessa afeição; paixão; entusiasmo; Cupido.

Que afeição é essa que castra, corrompe, é movida pela inveja que, muitas vezes, chamamos sinonímia com paixão, ou movido pelo entusiasmo da ocasião. Afrodite e seu filho Cupido, como dizem as lendas gregas, já travavam este conflito em prol de interesses próprios. Veneramos algo que não vemos ou pegamos, é pela confiança pessoal e de outrem, que nos lançamos em aventuras sem propósito.

Ainda de acordo com BUENO, Silveira o Ódio é definido como uma Aversão a uma pessoa ou coisa; inimizade; raiva; rancor; antipatia.

Sentimentos que envolvem uma grande parte da população mundial, que ainda teimam em cultivar em terreno árido, uma colheita farta e falsa. Apesar da grande caça às bruxas, em sua teoria ter sido apagada da memória humana, vivemos semeando emoções negativas sem ter a noção de colheita maldita do futuro próximo.

“Toma um fósforo. Acende teu cigarro!

O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,

Apedreja essa mão vil que te afaga,

Escarra nessa boca que te beija!”

Augusto dos Anjos

Em “Versos Íntimos”, Augusto dos Anjos retrata a ingratidão humana, mas entre linhas ainda consegue retratar, poeticamente, os suspiros adormecidos. Somos a metade de uma grande Verdade, tiramos do nosso diário Divino as incompreensões do destino traçados por nossas palavras do passado.

“O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo

acha a razão de ser, já dividido.

São dois em um; sublime selo

que à vida imprime cor, graça e sentido”

Carlos Drummond de Andrade

Já a sutileza e leveza poética de Carlos Drummond de Andrade em seu poema “AMOR” esclarece o que já deveria ser habitual ao Homem. Entender as emoções é sempre um exercício que tem seu início na própria carne, se hoje amamos loucamente e amanhã esse desejo fora trocado pelo ódio, com que tratamento iremos verbalizar com Verdade a próxima afeição?

Hoje acordei

em silêncio comigo mesmo.

Estou em paz

com o meu turbilhão

de emoções.

Fernando Matos

Começo do hoje a procura da minha voz silenciosa que me remete às respostas do furacão de desejos que trago guardado, não é segredo quem me conhece a enorme vontade de fazer uma comunicação limpa entre quem lê e quem escreve. É simples como beber a água da inspiração poética que todos trazem na alma, é puro como sentimento de criança que nasce com a linha mediana dos sentimentos e consegue equilibrar suas emoções. Viver é como abrir os olhos todos os dias, vai depender como nós iremos vislumbrar o colorido da vida, sejamos assim simploriamente Felizes.

Fernando Matos

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 24/10/2010
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