SEM MEDO DE SER FELIZ (89)

A vida na mão do “ser” e o sol livre na missão de cada dia.

Vida que nem sempre é levada a sério ou permanece ativa pra executar em paz a sua poesia.

E a mesma presença que deveria proteger anula a respiração e, dita regras entre monopólios na civilização.

Apodera-se de outras vidas, vende-se, compra-se e sacrifica-se sem ao menos tentar compreender que, é o conjunto que cria e elabora as condições ambientais pra tudo sobreviver.

Existem gritos na natureza... mas, o sistema filantrópico se cala. E muitos são os protestos que soam desatinos para a maioria. E a vida prossegue querendo soluções imediatas. O homem que deveria preservar é o mesmo que mata. Numa violência não dominada pelos laços existenciais. Laços esses que não se sabe até onde vão suportar tamanha falta de amor.

E a guerra propaga a ausência de paz, para que o idealismo e o realismo possam traduzir forças completamente opostas. Indo do emocional para a gastronomia exagerada. Isso diverge diferentes meios de comunicação, com resultados surpreendentes quanto à análise na evidência de dias melhores. E o mundo passou a expandir caos nos partidos políticos, discórdias nas filiações religiosas e contradições nos grupos raciais. Tudo necessitando de fórmulas de reparação.

Com o aumento da população veio teorias infundadas, conjecturas nas constituições, atenuantes para cada idéia cultivada entre prudentes e considerações aos leigos manifestados de poder social. E a linguagem da humanidade já não faz parte do contrato espiritual. Vivemos nos afastando da energia vital do universo.

A parte mais interessante é que, toda a humanidade quer um final feliz pra história... porém a instrução bibliográfica do planeta não vê isso como sendo a maior pretensão da espécie.

O que se tem à frente não condiz com as declarações dos direitos humanos nem com a firme disposição de liberdade que aponta meios iguais para todos. Há sim, uma corrida em busca de interesses pessoais, distúrbios de extremo zelo por si mesmo e necessidades desenvolvidas em torno da questão das realizações dos próprios sonhos. Estamos sim, exaltando a nós mesmos, com o materialismo desenfreado, com a perda de controle nas emoções e com o ego acima da alma.

Queremos mais facilidade nos afazeres e os nossos argumentos sempre diz que falta tempo para tudo. Culpamos o outro quando na verdade esquecemo-nos do nosso maior predicado: A bondade que nos faz ter caráter e nos leva de encontro ao céu.

Também, nada está sendo feito para acabar com a desordenada agitação dos dias atuais. Se formos parar pra pensar, estamos recuando no tempo e todo esse progresso tecnológico, apenas nos leva a adversidades de encontros. E os desertos cada vez mais, ocultam os oásis favoráveis.

Então querelamos de várias maneiras... e fugimos pensando que estaremos garantindo o conteúdo da alegria. Mudamos o rumo da atenção ou permanecemos estáticos a espera de um milagre. Afinal de contas, pretendemos ser em tudo sociáveis, pois o público a parte espera o melhor de nós.

É triste mais é com absoluta franqueza que ouso narrar os fatos de nossa época atual. Precisamos urgentemente despertar do pesadelo... e moldar um novo e melhor sistema de ritmos. Temos que reabastecer a nossa fé. O cosmo humildemente quer a nossa amizade e nós não seremos nada sem essa integração tão necessária. Acredito que todo o universo depende de nós e não somos nós que dependemos dele. Portanto, a mudança vem de dentro de cada um. Essa é a missão de grande importância e a competência para exercê-la já nos foi dada por Deus desde o princípio de nossa permanência.

Mudar, aprimorar e ensinar é certamente o maior e o melhor meio de nos instruirmos. Não será fácil recomeçar, mas alguma coisa precisa ser feita para manter o planeta em condições de sobrevivência.

Porém, o grande exercício, a grande vitória está em conservar a virtude entre pensamentos positivos, palavras significativas, pequenos gestos, até o dia em que, pouco a pouco, de um aglomerado de pequeninos recursos surge consequências: seja a extensão de um conceito aplicado, a propagação de uma medida elevada, seja uma paisagem tranquila expandindo harmonia ou, simplesmente a serenidade consciente de que foi feita a coisa certa e no momento exato.

A hora é agora. A realização de nossas melhores atitudes é a resposta para todas as perguntas e o veículo de definição para o sentido da: “Imortalidade”.

A vida... pede vida o tempo todo!

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.