Filhos... voo dolorido
Nascem pequeninos, dependentes...
Crescem...esgotam nosso tempo, nossa paciência, nossa mocidade.
Mas, com o passar do tempo observamos o quanto ganhamos com eles:
maturidade...
paciência...
carinho...
esperança...
E quando são pássaros prontos a deixar o ninho, nos sentimos impotentes, tristes, incapazes.
Como é belo o crescimento e a autonomia do voo, mas como é difícil romper as amarras daqueles que nos são caros.
"Ontem, ao ver meu filho adormecido depois de uma briga nossa, fiquei imaginando que daqui há alguns poucos anos não estará mais comigo, nem para discutir e nem para acariciar.
Vendo a correria de minha mocinha em busca de conhecimento para um vestibular de Federal para Medicina, observo quantos ensinamentos meus estão ali, dentro daquela cabecinha... Quantos conhecimentos plantei e estão germinando no tempo exato.
Quanto tempo perdemos tentando fazer com que eles sejam "alguém", quantas preocupações e tristezas.
Se houvesse discernimento para entendermos que tudo passa, e que só levamos daqui o que guardamos em nosso pensamento, talvez a convivência fosse mais harmoniosa, para que nosso coração sofresse menos com bobagens pequenas."
Como dói essa sensação de "perda"... mas como perder algo que nunca foi meu. Para que fique menos dolorida essa perda, é preciso compreender que " filhos são empréstimos de Deus", para que nos tornemos seres mais frágeis e dóceis, estando assim mais facilmente em contato com o criador!