Tenho um coração que bate... Descompassadamente. Ele mexe, remexe, cutuca, mistura tudo... Como passo de mágica.
Parece-me ser uma flecha que atiça fogo ao meu peito e o faz queimar como vulcão em erupção. Mas ao contrario do que se possa imaginar, ao descer as cordilheiras, as lavas se aquietam ao confundir-se com o sangue que corre em minhas veias. Fogo da paixão em efervescência de prazer avassalador que toma a carne e transcende a alma. É um imensurável querer que não finda ao mais intenso toque dos corpos espalhando fluidos de desejo. Uma fonte inesgotável de sentimentos indescritíveis que transmutam dias em noites, fazendo no céu surgirem brilhantes estrelas e dos meus sonhos brotar a realidade palpável deste meu inconteste amor.
É assim que meu coração sente e vivencia a grandiosidade de estar entregue... Sem medir nem contrapor razões. Ele apenas se dá com a sapiência de que outro coração abriu suas portas para recebê-lo como o dia abraça o sol e o horizonte se mostra verdejante e florido para que o pássaro possa cotejar sua flor.
Se te amo? Quem mais poderia sabê-lo senão tu que me tomaste como abrigo e me envolveste em gozo de amar, multiplicadas e infinitas vezes? Este meu querer tem o dom de enfeitiçar...
E Se sentires o céu na terra...
A água no ar...
O vento solidificar...
As estrelas pela manhã brilhar...
O sol abraçar-se à noite...
E a lua amanhecer no horizonte...
Então, creio:
É AMOR! Pleno, constante, eterno.
AMOR sentido a dois, em almas e corações unificados no sentir, no pensar e no doce enlevo de amar.
Amor que se ama... Eternamente se há de amar.
(Também em áudio - Vale a pena conferir! Linda declamação de David Ferreira, meu sobrinho)
(Foto de Luiza D'Errico tirada por Beatriz, minha neta)
COMENTÁRIO
19/04/2010 13:49 - luizpoetista