Half
Ao sair de manhã para trabalhar, olhei uma última vez em sua direção e vi um adeus escrito em seus olhos castanhos...
Aproximei-me e me abaixei, passando uma mão livre sobre seu dorso, que um dia fora forte.
-- Adeus meu amigo! – Disse e ele pareceu responder apenas com o simples movimento dos olhos, o que entendi ter sido um grande sacrifício para ele.
Lembro-me perfeitamente de quando estava saudável, não existia amigo mais brincalhão, a todo o momento querendo pular sobre mim! Mas eu era sério demais, ainda o sou, e sempre colocava limite nos seus avanços usando da minha voz firme, diferente de outras pessoas que visitavam minha casa, onde Half rolava com eles na grama feito uma criança.
No dia em que ele começou a ficar doente, procurei rapidamente um veterinário, mas foi em vão! De uma semana para outra nada mais parava em seu estômago, não comia nem ração ou comida comum, nem bebia nenhum líquido direito. Foi definhando aos poucos...
Naquele dia em que lhe disse adeus, ao chegar a casa à tardinha, o vi no mesmo lugar que o deixei de manhã. Sabia que sua alma não estava mais ali, se fora, com certeza agora corria por entre nuvens, rolando de alegria, daquela mesma alegria com que fora criado!
Dei-lhe um enterro digno no meu quintal, foi o meu último amigo mais próximo dessa espécie, pois todos o são normalmente, mas ele por si só é insubstituível! Seria a mesma coisa de querer colocar no lugar de um irmão que se foi outra pessoa, isso é impossível, aquela vaga estará para sempre ocupada...
Creio que eles certamente possuem um canto especial quando partem daqui dessa terra, de onde agora me observa, quem sabe até não se tornou o meu próprio anjo da guarda? Sabem por que penso assim? Pois é, se o Paraíso está reservado para os seres que possuem um bom coração, eis que Half nada ficou devendo nesse critério, tinha um coração maior que o normal e o seu amor também era incrível, demonstrado em cada gesto para quem quisesse ver. É bem por isso que o amei e ainda amo, um amor de irmãos, provavelmente, pois nunca fui seu dono, somente fomos grandes amigos...
Ao sair de manhã para trabalhar, olhei uma última vez em sua direção e vi um adeus escrito em seus olhos castanhos...
Aproximei-me e me abaixei, passando uma mão livre sobre seu dorso, que um dia fora forte.
-- Adeus meu amigo! – Disse e ele pareceu responder apenas com o simples movimento dos olhos, o que entendi ter sido um grande sacrifício para ele.
Lembro-me perfeitamente de quando estava saudável, não existia amigo mais brincalhão, a todo o momento querendo pular sobre mim! Mas eu era sério demais, ainda o sou, e sempre colocava limite nos seus avanços usando da minha voz firme, diferente de outras pessoas que visitavam minha casa, onde Half rolava com eles na grama feito uma criança.
No dia em que ele começou a ficar doente, procurei rapidamente um veterinário, mas foi em vão! De uma semana para outra nada mais parava em seu estômago, não comia nem ração ou comida comum, nem bebia nenhum líquido direito. Foi definhando aos poucos...
Naquele dia em que lhe disse adeus, ao chegar a casa à tardinha, o vi no mesmo lugar que o deixei de manhã. Sabia que sua alma não estava mais ali, se fora, com certeza agora corria por entre nuvens, rolando de alegria, daquela mesma alegria com que fora criado!
Dei-lhe um enterro digno no meu quintal, foi o meu último amigo mais próximo dessa espécie, pois todos o são normalmente, mas ele por si só é insubstituível! Seria a mesma coisa de querer colocar no lugar de um irmão que se foi outra pessoa, isso é impossível, aquela vaga estará para sempre ocupada...
Creio que eles certamente possuem um canto especial quando partem daqui dessa terra, de onde agora me observa, quem sabe até não se tornou o meu próprio anjo da guarda? Sabem por que penso assim? Pois é, se o Paraíso está reservado para os seres que possuem um bom coração, eis que Half nada ficou devendo nesse critério, tinha um coração maior que o normal e o seu amor também era incrível, demonstrado em cada gesto para quem quisesse ver. É bem por isso que o amei e ainda amo, um amor de irmãos, provavelmente, pois nunca fui seu dono, somente fomos grandes amigos...