VALQUÍRIA SILENCIOSA.
O teu silêncio e a tua incerteza me ferem, mas não me matam.
As tuas dúvidas me açoitam, mas não me deixam cicatrizes. (Pablo Neruda)
O teu silêncio me caiu na alma como um raio perdido e, com o inesperado impacto, eu deixei cair num poço silvestre que estava perdido no caminho todas as esperanças, todos os sonhos, bem como todos os encantos.
Ó silenciosa Valquíria!
Não foi a morte e nem a noite que te silenciou!
O quê silenciou em ti, então?
Lembra-te que tu já foste pétala, rosa, nave, anjo e relâmpago novo de verão.
E agora?
Como enfeitarei os meus poemas, se já sinto um grande padecimento em escrevê-los e novamente ter que oferecê-los a ti?
O teu silêncio faz eco dentro de mim, assim como a tua voz liquida fazia eco numa certa floresta colorida do Bonja.
Senhora, aquilo foi um sonho, a sombra da esperança ou da pura ilusão?
Talvez naquele momento nós tivéssemos adentrado, sem querer, numa dimensão nova criada pela singularidade do nosso amor.
Ó Senhora silenciosa!
Agora, já não posso mais propor os meus versos.
Tu eras o rumo certo para eles, agora Senhora, eles se perderão sem rumo no infinito.
E para isso,
Eu me proponho voltar até aquela floresta colorida para criar um eco amplificado que, com o meu grito, viajará até a ti pelos caminhos verdes do Rodeio.
Tu foste donzela, rainha e deusa nos versos que construía para ti, agora estando entristecido não mais ouço a tua voz que se recolheu em silêncio sepulcral.
Ó rubra Aldebarã silenciosa!
De pedra em pedra eu construí um castelo, todavia minha Senhora, eu havia esquecido que a argamassa era de sonhos.
Eis o motivo do meu padecimento maior, que é o de saber não haver mais tempo para reconstruí-lo.
Não mais construirei castelos de sonhos.
Eu vou recolher os fragmentos que restaram e as taboas que foram submetidas aos vaivens das marés e das intempéries emocionais, para construir sim, um aprisco para abrigar os meus sonhos.
Nele eu enterrarei as minhas lembranças que, por certo, se apagarão silenciosamente num vaso de memórias perdidas.
Penso eu que, assim ficarão enclausuradas todas as minhas razões de amor.
E, como ainda eu te amo e, num gesto último de amor, em breve eu te enviarei este poema torto e extremo.
O teu silêncio e a tua incerteza me ferem, mas não me matam.
As tuas dúvidas me açoitam, mas não me deixam cicatrizes. (Pablo Neruda)
O teu silêncio me caiu na alma como um raio perdido e, com o inesperado impacto, eu deixei cair num poço silvestre que estava perdido no caminho todas as esperanças, todos os sonhos, bem como todos os encantos.
Ó silenciosa Valquíria!
Não foi a morte e nem a noite que te silenciou!
O quê silenciou em ti, então?
Lembra-te que tu já foste pétala, rosa, nave, anjo e relâmpago novo de verão.
E agora?
Como enfeitarei os meus poemas, se já sinto um grande padecimento em escrevê-los e novamente ter que oferecê-los a ti?
O teu silêncio faz eco dentro de mim, assim como a tua voz liquida fazia eco numa certa floresta colorida do Bonja.
Senhora, aquilo foi um sonho, a sombra da esperança ou da pura ilusão?
Talvez naquele momento nós tivéssemos adentrado, sem querer, numa dimensão nova criada pela singularidade do nosso amor.
Ó Senhora silenciosa!
Agora, já não posso mais propor os meus versos.
Tu eras o rumo certo para eles, agora Senhora, eles se perderão sem rumo no infinito.
E para isso,
Eu me proponho voltar até aquela floresta colorida para criar um eco amplificado que, com o meu grito, viajará até a ti pelos caminhos verdes do Rodeio.
Tu foste donzela, rainha e deusa nos versos que construía para ti, agora estando entristecido não mais ouço a tua voz que se recolheu em silêncio sepulcral.
Ó rubra Aldebarã silenciosa!
De pedra em pedra eu construí um castelo, todavia minha Senhora, eu havia esquecido que a argamassa era de sonhos.
Eis o motivo do meu padecimento maior, que é o de saber não haver mais tempo para reconstruí-lo.
Não mais construirei castelos de sonhos.
Eu vou recolher os fragmentos que restaram e as taboas que foram submetidas aos vaivens das marés e das intempéries emocionais, para construir sim, um aprisco para abrigar os meus sonhos.
Nele eu enterrarei as minhas lembranças que, por certo, se apagarão silenciosamente num vaso de memórias perdidas.
Penso eu que, assim ficarão enclausuradas todas as minhas razões de amor.
E, como ainda eu te amo e, num gesto último de amor, em breve eu te enviarei este poema torto e extremo.