Recordações
O que vejo talvez seja difuso. Uma névoa esconde meu lamento.
Envergo assim, meu pensamento e saio de mim, quando corro em busca do que fomos antes.
E assim, vamos caminhando por estradas paralelas.
De relance vejo tua figura na madrugada.Tua voz me acorda nas manhãs frias de Domingo.
Tu ainda me segues!
Uma vez ou outra, minhas mãos tateiam procurando as tuas.Meus olhos avistam ainda os teus.
Oscilo assim entre o delírio e a lucidez.
O querer e o desprezar.
Tenho guardadao comigo todos os pergaminhos que esboçaram nossa vontade.
Desencontro-me e deixo algumas vezes, as lágrimas inundarem a minha alma.
Percebe-me então, infiltrada, acorrentada a um sentimento que não finda.
Ouço as vozes que me rodeiam pela noite adentro.
Canções que definiam ou expressavam uma relação bonita.
De repente, as cartas se embaralham e difícil fica desvendar os rostos que surgem, e dão assim continuidade a minha história, mas és ainda o grande amor da minha vida.