Na fé que aferes com ciência e razão
Nada é perdido, tudo é ilimitado ganho!
Doas do teu simples e não acumules paixão;
Teu coração é vaso rústico em mãos de antanho!
E é na forja do tempo que se acrescenta as cores
O futuro é prece doce em boca mimosa de amores
Revividos na lagrima passada. Vivas, no contente aprazo
Do hoje, e não distorça o que tens, no rústico vazo,
Prece é ação! Deitar no pranto, não acrescenta o tanto
Que na régua do tempo tens de medida a aferir
E o arquiteto que traças destinos, não afere perdas
No ganho do bem a certeza do avanço do filho que se faz manso
Na prece de agradecimento o verdadeiro pedido é sondado
E largo é o ouvido de quem ouve em escondido
O que em segredo foi pedido
A vossa cruz é o vosso galardão nos céus, não destitua
De tua vida, a certa medida da tua necessidade
E preencha com suaves licores tua consciência
E jamais a transborde com o fel da impaciência!
Creia! Felicidade é sonho que se resguarda na ante-sala da caridade!