SÃO CRIANÇAS, AS MALABARES DAS RUAS
Ruas
que não possuem paisagens para lua,
onde o sol nasce para elas quadrado
e a instrução com a educação...
tem um espaço limitado.
Exibem seus sujos dentes de leite,
o corpo inacabado e desnutrido,
e nem se sabe por que,
ousam ainda,
mostrar um hábil sorriso.
Vestem trapos,
pés descalços,
sonhos arruinados
pelo ardente desejo:
de sair da miséria que o consome,
de patentear seu projeto de um dia ser um homem,
de matar para sempre o deserto onde habita sua fome.
E com pedaços de cabos de vassouras,
lançam no trágico destino,
sua impulsiva imaginação.
À espera de algum trocado
ou de um milagre,
para que haja na sua vida,
algum tipo de renovação.
E segue a qualificada mensagem
Que “menino de rua”, também é cidadão.
Pois nas sinaleiras da vida,
consegue mover com a sua poesia,
o grau e o nível de alguma percepção.
E não adianta fingir que não o vê,
nem ouse pensar que é mais um delinquente.
Amanhã poderá ser alguém da sua família,
ou até mesmo você,
só depende do solo,
onde plantas as tuas principais sementes.
Portanto,
não rejeites os filhos “preciosos” de Deus,
os alimente,
vista-os e proteja-os de um futuro incerto.
Não fuja à tua responsabilidade
de educar e de instruir,
afinal todos fazem parte
do mesmo Universo.
Segurança é um caminho a ser trilhado,
distante das críticas
e próximo da solidariedade.
Nosso País necessita urgente de cuidado
e de humanidade,
e o nosso dever é contribuir com o amor,
para que exista uma única realidade.
Quando damos dinheiro à crianças,
estamos fazendo que nem Pôncio Pilatos.
Que lavou as mãos diante de uma decisão,
para não sentir a culpa,
mas ser apenas, o culpado.
Um minuto de sua atenção,
em prol destes pequeninos,
poderá significar a salvação
para ambos os destinos.
Pense no assunto,
reflita num grupo,
selecione uma opção,
você pode,
você deve cuidar da pequena vida,
para o bem de toda nação.
Mas observe que não vale,
ficar somente no pensamento,
à cada segundo vidas se vão,
sem nenhum constrangimento.
Muitos fazem projetos, "ONGS"
sem resultados crescentes.
Exploram a situação,
enganam,
mas nunca conseguem mudam o presente.
E se algo não for feito agora,
o caos e o isolamento será algo fatal.
A liberdade ficará apenas na memória,
tristezas e medos preencherão a história,
do homem que foi vencido
por não ter tido a iniciativa, do essencial.
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.