SEM MEDO DE SER FELIZ (78)
SEM MEDO DE SER FELIZ (78)
Na dor do outro...
existe a violência sem casa própria,
sem dono determinado...
porém com rumo incerto
e paisagens sempre em anexo.
Caminha inconstante,
mas quando rouba a cena
deixa rastros de destruição.
Chega separando a tonalidade das coisas naturais
e aproximando movimentos deformados pela angústia que,
cala a música fortalecida de coração.
E vale salientar
que é na dor do outro
que mais necessitamos reconhecer a sua versão.
Toda violência incita um desligamento da vida
e é na dor física...
que os fantasmas da agonia prevalecem
deixando no espírito ausências de esperanças e toques de solidão.
Então a visão da harmonia tão amada,
foge pra outros horizontes.
Há flores murchas no jardim da alma
e o contorno de uma nuvem negra discordante.
O céu que antes tão azul,
é noite na boca do tempo.
O verde é lenda,
o sol cinzento
e a vida de quem sofre um ato de violência,
um lamento.
A violência é sombra sem firmamento,
quando esfria a existência,
lamentavelmente, só trás sofrimento.
Retira toda tranquilidade,
percorre em segundos toda a unidade
e a sua categoria viola a simetria,
mas se o homem quiser,
ela pode ser descartável.
Basta para isso
se abastecer de amor,
mudando a direção do pensamento
e na postura,
ter os melhores sentimentos.
Também,
elevar a mente ao Criador,
mergulhando firme no que tem valor
e dizendo “Não” pra violência a todo o momento.
Eu quero, Eu posso, Eu consigo...
ser um anjo na terra
digno somente de: Aperfeiçoamento!
Fim desta, Cristina Maria O. S.S. - Akeza.