TANTAS COISAS MUDARAM...
A natureza viu o homem dela se apossar
e reverter quadros que antes,
eram contidos de imensa paz.
Com a chegada do progresso,
a natureza viu,
que nem tudo o que diz ser sucesso
é de fato tão necessário e capaz.
E sentiu em síntese,
seus espaços na fase da destruição,
o homem determinando limites
e comunicando ser a arte da guerra,
na ferramenta da revolução.
E lá se foram os bons tempos...
mudança no rumo dos ventos
e também no nível do mar.
Desvio do curso dos rios
e a poluição trazendo desconforto no ar.
Onde não havia vida humana,
hoje foi preenchido pelas habitações...
com a necessidade, surgiu o comércio
e as suas exageradas classificações.
As religiões multiplicaram-se
e a fé caminhou sobre diversos mecanismos.
Povos ricos de informações...
porém tão pobres na força de um abraço,
na paisagem de um sorriso.
E a infância deixou de lado a inocência,
para tocar a face do desconhecido...
A humanidade deu lugar à indiferença
e no poder do Criador,
não colocou o seu necessário sentido.
A família perdeu-se na ineficiência,
dispersando sua iniciativa regular.
Filhos sem a amizade dos pais,
pais sem ter dos filhos a reverência.
Paisagens neutralizadas,
por coisas erradas
e completamente, fora de lugar na essência.
E o mundo diz que avançou em todos os lados
e que para ele o que importa hoje em dia,
é de bens materiais para se sentir capacitado.
Mas o planeta sofre calado
a espera de um milagre divino.
Enquanto a maioria vive de olhos fechados,
incapacitando os benefícios do seu próprio destino.
E a todo o momento se ouve falar
em preservação do meio-ambiente.
Palavra que se tornou comum na linguagem,
mas que na prática ainda é ausente.
Também, ninguém vê
que o ecossistema pede equilíbrio,
que a fonte da vida se não for tratada urgentemente,
sofrerá com a toda forma de decomposição.
Mas vêem que apenas, necessitam de status
e de um princípio que os levem mais rápido
ao campo da desproporção.
E a beleza das flores passa por muitos... despercebida.
O aconchego de um carinho
não tem mais sentido e nem amor.
A expressão da fraternidade,
não passa de uma quimera,
pois por qualquer motivo a violência impera.
Tudo porque o homem desbotou sua alma
pra não reunir em Deus o seu verdadeiro valor.
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.