Asas da alma
Certo dia minha alma quis voar. Queria alcançar o céu, o infinito.
Entrei em desespero, pois não sabia como voar. Procurei por todos os
lados, uma maneira de acalmar esta alma que estava tão aflita e
sozinha. Caminhei, olhei, vivi e nada. Nada fazia com que esta, já
cansada alma, desistisse de tocar ao céu. Quando já não tinha mais
forças, ah, ela sorriu e alçou o seu primeiro e único voo. Subiu alto
e por lá quis ficar. O que a fez voar, é isto que me pergunta? Foi o
amor. Só ele pode ser capaz de tamanha magnitude. Deve estar
perguntando: mas como? Não sei, só agradeço a Deus por ter dado asas
tão velozes a minha alma. E por lá, a alma já não mais cansada, nem
sozinha, encontrou-se no céu e soube dar valor as suas asas. Não quis
mais conviver com a amargura e a solidão. Agora, aguardo o dia em que
ela voltará e mostrará a todos o que aprendeu...Quis falar a língua dos anjos.