MELODIA SINGULAR
Quem nós somos de fato?...
não há como saber ao certo,
ao não ser entre desdobramentos
e possíveis oásis
em sumários desertos...
Saudar um instante profundo,
desenvolver a essência
e ir além do mundo...
eis a questão refletida pela poeira dos séculos.
Quando alimentamos paisagens sedentas,
capitulamos em primeiro plano o objetivo em finalidade.
E nos empenhamos a construir pontes...
para a nossa verdadeira identidade.
Há um vínculo nas portas do tempo,
uma voz na fonte da vida
e uma parede no firmamento...
contemplando a luz interior
de cada possível
paisagem de sentimentos.
As pedras das estradas
não atrapalham as recordações da infância
nem obstruem as estrelas
que brilham sobre o corpo do universo.
Da terra o vento do norte, não solta gemidos,
mas canta na paz do mais livre e meigo sorriso
os seus segredos e insondáveis mistérios.
Então,
assim como as raízes descobrem a água no centro...
o coração se aprofunda perante a magnitude do amor.
As flores embelezam os campos em suave movimento,
porém são os olhos da mente que lhes dão valor!
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.