MELODIA SINGULAR

Quem nós somos de fato?...

não há como saber ao certo,

ao não ser entre desdobramentos

e possíveis oásis

em sumários desertos...

Saudar um instante profundo,

desenvolver a essência

e ir além do mundo...

eis a questão refletida pela poeira dos séculos.

Quando alimentamos paisagens sedentas,

capitulamos em primeiro plano o objetivo em finalidade.

E nos empenhamos a construir pontes...

para a nossa verdadeira identidade.

Há um vínculo nas portas do tempo,

uma voz na fonte da vida

e uma parede no firmamento...

contemplando a luz interior

de cada possível

paisagem de sentimentos.

As pedras das estradas

não atrapalham as recordações da infância

nem obstruem as estrelas

que brilham sobre o corpo do universo.

Da terra o vento do norte, não solta gemidos,

mas canta na paz do mais livre e meigo sorriso

os seus segredos e insondáveis mistérios.

Então,

assim como as raízes descobrem a água no centro...

o coração se aprofunda perante a magnitude do amor.

As flores embelezam os campos em suave movimento,

porém são os olhos da mente que lhes dão valor!

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 28/09/2009
Reeditado em 27/07/2014
Código do texto: T1837171
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