Sol da Existência
O Amor é um foco de sublime luz, de encanto invisível, e de cor doirada. Pode até ser prosa, pois, há quem diga que Ele é rosa. Fluido, que a nós nos dá vida. Se assim não fosse, Ele não teria dito: “Na casa de meu Pai há muitas moradas, vou preparar-vos lugar”. Eis o Amor em feitio de sol da existência a nos iluminar os passos, sem marcas, sem traços, tampouco, espaços. Porém, com muita clemência. Apenas Amar é o que interessa para se encontrar com a felicidade.
Deus é Amor sem idade.
- Você sabe Amar o seu irmão?
- Ninguém sabe, haja compaixão...
Somente senti-lo é estar no paraíso! Mormente quando se sente desvencilhado de explicação de juízo. Amar sem motivo é ser capaz e preciso. Nada mais importa, pois, tudo se torna ínfimo na vastidão de sua eternidade de paz sem igual. Pena que, nada saibamos a seu respeito. Às vezes somos pegos pelos seus ardentes laivos aos quais estamos sujeitos. Como é gratificante sentir seus efeitos, pois, são tão saborosos como as migalhas caídas das fartas mesas do mais alto plano celestial. Ao se tentar descrever o indescritível fica-se embargado e com os olhos marejados de gratidão indizível. Alto astral! Essas lágrimas são antídotos à solidão que venha macular a mente tisnada pela distração qual fora desviada deste foco de luz chamado: Amor. Amar é sentir o silêncio, ouvir o farfalhar da natureza, o zunir dos ventos, sentir o frio, o calor, o momento, o gargalhar de uma criança, o conselho do humilde provecto. É ouvir o som da chuva após um radiante e ensolarado dia. É contemplar as ondas do mar marejando as estrelas do firmamento. É cantar por dentro ao ser discreto e onusto de alegria secreta. É contemplar os céus em noites de breu.
Transpô-lo ao papel é ousadia, pois, não se pode grafar o inexplicável, apenas sonhar em conhecê-lo já é viver com desvelo. Posto que fosse tese verdadeira: “Sonhar é viver”, e jamais pesadelo e lamento... É não ser ateu.
Então amemo-nos à maneira pela qual possamos entendê-lo, e sonhemos de: “Sonhar é viver”, sempre a mando do Amor verdadeiro, embora, sem conhecê-lo por inteiro.
Amar é a mais prazerosa e séria brincadeira de ser deus...
jbcampos