ENTRE QUATRO ESTAÇÕES

Não é possível esquecer-se do vento

e nem do OUTONO... cheio de folhas de sentimentos.

O chão ainda está coberto de vida,

mas é o céu que recebe todas as águas sentidas.

E quem somos nós, senão memórias

em fase de despedida?...

Ah! Também somos unidades no elo de muitas realizações.

Temos espíritos como rochedos

e passamos no porto de outras estações.

Mas quando o corpo deita e levanta...

é que o amor lava a alma e apaga as tristezas

inconsoláveis das ilusões.

Então,

vem terno e carinhoso o enigma absorvido de comunicações.

A mente reage aos estímulos,

liberando o calor consciente ou inconsciente das emoções.

Para que a jornada da vida proceda serena,

sob os pés revelados da humanidade

e os sentidos definam a razão,

que conserva a plenitude no grau máximo da identidade.

E como símbolo da redenção o INVERNO trás o silêncio maior

para purificar os versos do espírito.

A luz não se afasta... mas fica menor,

para que o perfume da terra se faça abrigo.

Indicando o caminho da renovação,

para multiplicar a força essencial do sorriso

e fazer valer cada união,

entre pontos necessários de equilíbrio.

Então,

o espaço elege o instante da manifestação.

A carícia fresca e agradável suaviza a realidade da transformação.

E na forma do fruto colhido, repousa o divino

como doce expressão!

E o contorno da vida respira entre jardins encantados!

Projeta e acolhe a PRIMAVERA

para que o olhar seja profundamente contemplado.

É que o sentimento tocou a eternidade

e foi compensado pela permanência do absoluto,

que amplia a esperança na arte do emancipado e,

colabora pra que a paz reconheça ou tenha misericórdia do mundo.

Então,

a presença nítida das cores arquiteta e libera a recuperação.

Trás para a vida o deslumbramento das flores

e na grandeza do verbo transborda o esboço da concepção.

Marcando formas de mistérios e beleza,

integra o homem a mãe natureza,

entre caminhos de coração!

E desde sempre majestoso, altaneiro...

o sol declara a extensão infinita dos tempos.

Na canção experiente do VERÃO,

ele é substância intacta como suplemento.

Depois dos vendavais... firma paisagens normais

e dá placidez ao firmamento.

Então,

dentro do incrível reajustamento,

emerge redobrando o relevo

das superfícies do mundo nas direções do tempo.

No eixo do universo é, pura oferta e progresso,

mas sobre o solo agradecido sem distâncias é profundo suprimento.

Fiel ao amor que lhe compôs é o dono do dia

e a sua poesia nas quatro estações não possui, condicionamentos!

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 14/07/2009
Reeditado em 18/06/2016
Código do texto: T1698814
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