T I N T I M
Fazendo amigos, trocando idéias, criando coisas esperançosas e não esperadas. Só aladas, amadas, formosas, mil gentilezas, coloridas de belezas imaginadas, talvez sonhadas. E carregadas nas casas abertas dos botões das blusas usadas, bisbilhotando a ventura dos tintinzinhos brincando e namorando, povoando as folhas, bebericando gotas no pé do açaí.
Como era mesmo o meu quintal de trepadeiras frondosas?
Era cheio de cores e sombras, flores lilazes de cisnes perfumosas e amarelos botões, tantos...
E carreteis sem linha eram minhas jarrinhas; e minha casinha?
Era a parreira e o banquinho delas, as donas, cuidadosas da menininha, reinando nos corações de maduras e velhas fadas. Bondosas.
Oh Tintim, agora a troca de papéis.
Você, "Menininha"! E eu, "Fada Madrinha".