Divinamente Humana
Neste dia, muitos cuidam em descrever sua força, sua coragem, sua perfeição.
Mas penso que seu valor não resida no brilhantismo de suas realizações simplesmente.
Poderia hoje eu falar de sua resistência, persistência e tenacidade ao exercer o belíssimo oficio de ser mãe.
Porém, desejo falar de sua fragilidade. Desejo falar dos momentos em que não te vi forte, dos momentos em que te vi chorando, dos momentos em que te vi impotente diante dos problemas, seus e de seus filhos, dos momentos em que te vi render-se diante da dor às vezes grande demais para ser suportada. Humana demais, para manter-se imaculada
Em tais momentos, você nem sempre esteve forte, você nem sempre demonstrou coragem, você nem sempre mostrou-se inabalável. Contudo, nesses mesmos momentos, você manteve-se ao meu lado, amando, amparando, dividindo os bons e os maus momentos.
Abrindo os seus braços e seu coração não apenas aos filhos do seu ventre, mas sobretudo àqueles que com suas almas órfãs, achegam-se a você. Generosamente cumprindo uma aliança semelhante à do casamento: “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza”, num compromisso indissolúvel até que a morte os separe.
Admiro você mãe, por estar presente quando isso faz-se geograficamente impossível, por sua persistência em amar quando este amor já não se faz merecido, por sua beleza, sua força, sua confiança e por sua alegria, mas sobretudo por me ensinar a extrair forças da fraqueza, das ruínas beleza, e de nossa frágil humanidade refletir de Deus a grandeza!