NÃO, NÃO, NÃO...
Não, não, não se irá chorar a tôa,
Por um sentimento torpe e arredio
Que quer trazer à tona o lembrar débil
De um amor jovem que ontem era sóbrio,
Mas, embriagou-se de mentiras nítidas
E desestruturou-se do verdadeiro ser,
E fêz com que se tomasse amargas lágrimas
Que por ele se derramou,
Por esse amor tétrico, que não fêz jus
Por merecer ser amado...
Não, não, não se irá chorar
O pranto que ainda se tem,
Que guardado está, no peito...
Talvêz, se venha a chorar
De saudade e de solidão, mas,
Não por esse amor ou não se sabe o que mais...
Se tem certeza, esse amor que dizia amar,
Não amava e nunca amou...
Não merece, por quanto,
Ser lembrado e exaltado
Por lágrimas sinceras derramadas
Pelos olhos que um dia
Muito o admiraram...
Olhos que, esse amor diz,
Lhes foram traiçoeiros e falsos e,
Consequentemente, ficaram
Sozinhos, a verem o vazio
Do isolamento dos que nascem
Para não serem amados...