NÃO, NÃO, NÃO...

Não, não, não se irá chorar a tôa,

Por um sentimento torpe e arredio

Que quer trazer à tona o lembrar débil

De um amor jovem que ontem era sóbrio,

Mas, embriagou-se de mentiras nítidas

E desestruturou-se do verdadeiro ser,

E fêz com que se tomasse amargas lágrimas

Que por ele se derramou,

Por esse amor tétrico, que não fêz jus

Por merecer ser amado...

Não, não, não se irá chorar

O pranto que ainda se tem,

Que guardado está, no peito...

Talvêz, se venha a chorar

De saudade e de solidão, mas,

Não por esse amor ou não se sabe o que mais...

Se tem certeza, esse amor que dizia amar,

Não amava e nunca amou...

Não merece, por quanto,

Ser lembrado e exaltado

Por lágrimas sinceras derramadas

Pelos olhos que um dia

Muito o admiraram...

Olhos que, esse amor diz,

Lhes foram traiçoeiros e falsos e,

Consequentemente, ficaram

Sozinhos, a verem o vazio

Do isolamento dos que nascem

Para não serem amados...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 04/04/2009
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