ESSE TAL DE AMOR...
AHH, esse tal de amor que fala, fala,
faz pausa, de súbito, e se cala,
emudece, escuta e depois opina
a respeito do que houve no diálogo, em suma...
AHH, esse amor, que, às veses, recua,
volta atrás e não passa em certos becos de rua,
tem consigo, o sexto sentido, logo percebe tudo
e o perigo evita, pra que ninguém o persiga,
mas, mesmo assim o perseguem e querem
fazer com que se desintegre,
e dê, com isso, o seu lugar de destaque de status
a outro qualquer simples sentimento, inverso a ele,
mas ele luta, com unhas e dentes em bravura,
e só dá ouvidos a quem o escuta...
AHH, esse amor, que gera multidões
e perpetua por séculos, entre as etnias das nações,
e faz fervilhar, pois, a paixão, abrasando corações...
AHH, esse amor, de sabores vários,
às veses, doce, às veses, salgado,
ou então, azedo ou amargo, mas, nem por isso,
os paladares finos deixam de prová-lo,
sem intervalo de cada ato a consumar-se...
AHH, esse amor que, bém sintetiza
soma de prós e contras, entre erros e acertos
tudo ameniza, controla o ciúme com seu perfume, e,
faz com que, logo, ambas as partes,
a lidá-lo com ele, se acostumem, para que, então,
sendo assim, de antemão, o amor resida de vêz,
contìnuamente, em cada coração que ama e sabe
ser capaz de amar, também...