Como aconteceu o amor?
Quando conheci você?
Como aconteceu o amor?
Procuro me lembrar com detalhes sem conseguir, não porque não fora um acontecimento especial, mas porque pra mim, te conheci a partir do momento que o amor nasceu e me aqueceu, me tirando do inverno que pensei ser eterno, dos dias muito frios que pensei serem infinitos.
Sementes levadas pelo vento, jogadas ao acaso e regadas por você, brotaram no terreno fértil do meu coração.
Difícil saber o momento exato, porém eu me lembro que você começou a fazer meu coração bater forte e descompassado, como se eu sofresse de uma arritmia cardíaca só nos momentos que estávamos juntos. Feliz por ser doente com você e triste por ter que ser sã junto a outros e longe de ti.
Com o tempo o amor passou a ser mais intenso, as preocupações diárias com você passaram a fazer parte da minha vida, como se você fosse uma extensão de mim mesma.
Nunca acreditei quando as pessoas diziam que, ao amar, às vezes esqueciam de si mesmas. Fui cética nesse ponto até acontecer você.
Sim, muitas vezes ao pensar em ti, tanto, em tantos momentos e com o olhar perdido, visualizando nosso mundo imaginário, onde só nos habitávamos e reinávamos, esquecia de mim mesma e passava a nem sentir minha existência sem você.
Posso usar todas as figuras de linguagem existentes, todos os recursos semânticos e lingüísticos mais ricos pra tentar exprimir a intensidade desse amor, desse sentimento que se apossou de mim que não conseguirei demonstrar quanto você significa pra mim.
A Língua Portuguesa é muito rica, cheia de sentenças perfeitas para usarmos e abusarmos dependendo da intenção comunicativa, mas pro meu caso, não serve muito porque o meu coração não conhece muito bem essa linguagem.
A flor do Lácio para ele de nada adianta porque ele só conhece o linguajar do amor.
E esse linguajar não é expresso com fonemas, sílabas ou sintagmas. Ele fala através do olhar, da química e da magia do amor.
Eu te amo!