O AMOR PRIMEIRO

O amor primeiro chega sorrateiro e sutil, tal qual cometa a transitar no espaço sem que deixe rastros de sua magistral luz brilhante, e, ele, por

si só, não permite que se viaje com ele por entre as estrelas, sob o sol dos dias, e da lua, das noites, nas tempestades das controvérsias

do ciúme doentio, e do querer-se mais do que menos, se desintegrando

e se colidindo nas rochas da ironia e da indiferença, pois, ao se juntar

seus pedaços, fica-se em frangalhos, sara-se das feridas, mas a dor

constante das cicatrizes ficam, e, de vêz em quando, machuca, ao

inflamar-se a saudade, indo e vindo, chocando-se de frente e se

esfacelando-se em pedaços injuntáveis, porque, o imã do afã afetivo

que se tinha perdeu seu magnetismo, e, já, não, mais, se gruda a ele,

por via incorreta das dúvidas pendentes existentes.

No entanto, com se diz por aí, a esperança morre por último, sempre,

jamais antes do depois e, por isso, acha-se que, ainda, ir-se-a, ver

os vagalumes e os grilos à noite, os pássaros voando e os peixes a

nadarem, os beija-flores e as borboletas nos jardins e ainda correr-se-a de mãos dadas rumo à felicidade almejada que estava tão perto,

ao alcance dos olhos, dos lábios e do coração, mas que se camuflou

na neblina da distância, e a teimosia separou algo tão lindo, devido

ao excesso de desconfiança e ciùmeira em alto grau de risco do se

querer ser mais do que se devia, ao amor ao seu amado e do amado

ao seu amor.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 17/02/2009
Código do texto: T1444442
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