A Vida que não Nasceu
Oi,
O mundo nos guarda muitas surpresas, sendo agradáveis ou não. Já havia entendido algumas mensagens passadas pelo nosso AMIGO lá de cima, como a cada dia absorvo novas coisas novas mensagens e como diz uma música: “Só depois de muito tempo comecei a entender...”
Apesar dos pesares, se meu filho(a) nem nascer ainda somos e sempre seremos filho de DEUS somos jovens e podemos passar por cima de tudo. Poderemos sim compartilhar alegria, tristezas, dias de paz, dias de lutas, que na mesma música diz: “se hoje canto essa canção, o que cantarei depois?...”. Nada de tristeza, sofrimento, porque pelo menos tenho que ser forte porque apesar de ter sentimento sou homem, tenho coração, e tenho que diante de minha esposa. Chateado...? Sim fico, mas nada como um dia após o outro. Eu vi aquela coisinha lá tão pequenina (+- 2 cm depois 5 cm) em tão pouco tempo cresceu 3 cm, era uma vida, com certeza era uma menininha – a tão esperada MARIANA, mas ela viveu alguns dias conheceu sua mãe, seu pai e irmãos. Talvez ficou com medo do pai, ou talvez da mãe (Duvido! Da mãe? hahaha! Uma super mãe). E os irmãos brigões, mas amáveis e amigos. Ela deve ter pensado: Acho que não irei sair daqui não. Aqui estou melhor que todos lá fora!
É melhor pensar assim, me conforta. Confesso que foram 12 semanas de ansiedade para chegar a hora de confirmar uma coisa que já tinha certeza, três exames de ultrassom, e que no terceiro é que senti e obtive certeza da feminilidade do feto. Senti isso como se fosse um anjo tivesse soprado no meu ouvido, pois no terceiro exame (de rotina) a pequenina Mariana já não vivia. (Um susto, um balde de água quente)
Um anjo, uma anjinha, isso!!!!! Deus deve ter dado a ela essa missão ser o anjo da família Papai Leandro, Mamãe Andréia e irmãos João Pedro e Arthur, que está onde está para nos proteger, essa é a missão dela a de vir, ser sentida, ser imaginável.
Tenho em minha mente uma menininha bem bonita, para eu que sou pai, imagina como ela seja, a conheço, fiz uma fotografia da pequena Mariana em minha mente e irei guardá-la para o dia em que encontrá-la em algum lugar. Juro que já começava a acostumar com a idéia de na hora em chegasse da faculdade a mesma estaria na porta da sala me esperando dizendo: Papai, por que você demorou? Ou talvez vindo correndo me abraçar de “sainha “ e com a fralda aparecendo com o cabelo todo desigual, com dois dentinho na parte de cima da boca, com uma pulseirinha na mão esquerda, com aquele cheirinho de neném, dando aquela risadinha gostosa. Mas.................!!
Dizem que tudo que acontece nessa vida não é por acaso e que o cada acontecimento tiramos lições boas e ruins para serem levadas pela continuidade de nossas vidas, para que no futuro possamos lembrar dessas mesmas coisas e mais maduros ter a oportunidade de mostrar que podemos ser fortes. Fortes somos depois de um pouco mais de 90 dias de convivência com a pequena Mariana, sentimos muito pelo seu não nascimento, mas agradecemos pela lição que me deixou, pelo valor correspondido em mente, em sentimento, lições essas que um dia de qualquer forma que for todos no mundo irão absorver. Uma filha, neta, sobrinha, afilhada que nem nasceu, não veio ao mundo, mas nasceu dentro de nós da família, dos amigos, parentes e padrinhos. Obrigado Mariana Silva Souza. Um beijo grande do papai.