Tenho medo... mas te amo
Tenho medo...
mas, te amo!
A alma nua... Não só a minha; também a tua!
Cercados de olhares invisíveis...
Coberto por uma névoa embaçadora
Não pode pegar tua mão
Não pode beijar-te com ternura
Não... Não! Em público, não!
Tem que esconder o que sente
Partilhar e compartilhar só...
Só resta uma pessoa: você!
Trazido por uma ventania avassaladora;
Uma química no olhar,
Um desejo incontrolável de te encontrar,
Mesmo que, escondido...
Minha alma geme... Chora; chora e geme!
Geme por não poder gritar aos quatro ventos
Sofre por não poder exibi-la como a pessoa amada...
Mas, pode sentir...
Isso ninguém controla
Pode ter sonhos,
Pode, mesmo em meio à multidão,
dizer disfarçadamente ao teu ouvido
Eu te amo... E, como isso, acalmar a alma inquieta.
Pode até durante a noite
Dormir pensando em você.
Pelo menos o sono, ninguém invade.
O grande desafio é...
Tentar dizer, sem palavras, o que sente;
Mas, o pudor e a vergonha não permitem
e volta à clandestinidade,
ao medo da exposição, da surpresa...
medo, do medo de arriscar tudo.
Por isso, te amo calado e com medo,
mas pode ter certeza que,
acima de tudo, te amo.