AO AMAR-SE...

À medida em que se avança ao amar-se

uma certeza cresce de consôlo,

sente-se misericórdia, sente-se perdão,

sente-se amor próprio, sente-se ternura,

sente-se gratidão no mais profundo do existir...

E se oferece alegria serena e coêsa,

paz e confiança extremas oriundas do amor...

Se têm motivos para cantar, ao longo do caminho

no tempo, percorrido, em exaustão febril...

Olha-se nos olhos, se faz silêncio,

retorna-se às fontes, se retomam forças...

Em tudo, se vê, mais forte...

O silêncio fala em nome da certeza,

nas vitórias e nas alegrias vindouras,

nas mágoas escondidas e no se negar a esperança...

O amor deve sempre estar presente

quando se trabalha e quando se descansa,

quando se escreve, se ora e se medita,

quando se busca partilha e quando

se sofre com as injustiças...

O amor é algo raro e maravilhoso

que nenhum dinheiro compra...

É água pura e límpida ao sedento,

e que sôbre ele se debruce para se beber

de sua explêndida fonte abundante...

Mesmo até, quando os desertos assolam,

o amor é oásis na jornada causticante...

O amor é sempre o mesmo, desde ontem,

durante hoje e por todo o amanhã

do futuro temporial, inauterado jamais sendo,

compassivo e bom, se mostrando...

Plenitude sem acasos, com força e coragem

sempre sempre, em si mesmo...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 12/11/2008
Código do texto: T1279091
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