SEM MEDO DE SER FELIZ (61)

Há pessoas que agem como se fossem pedras no nosso caminho. Chegam... olham-nos... e permanecem... paradas à nossa frente.

De imediato pensamos que, querem nos deter de nossos objetivos. Mas nada disso significa alguma estagnação. Adiante, com sabedoria saberemos que, elas exercem apenas o papel de anjos do nosso destino.

Às vezes, na nossa própria família ou no nosso círculo de amizades, nos deparamos com tal pessoa. E não compreendemos todo o seu comportamento. Porque estamos centrados no que queremos e achamos que ela está contra nós. Porem, na faculdade da vida, é necessário ter professores de diversos níveis, para que sejamos instruídos e direcionados a uma postura condicionada de perfeição. Muitas vezes levamos uma vida toda ao lado de um desses professores e não aprendemos a lição. Lição de tolerância, paciência, amor, compreensão e perseverança.

Nossa vida não é propriamente nossa. Mas o Universo sabe do que necessitamos e convoca as leis do eterno, para realizar em nós o fluxo de aprendizados, independente de querermos ou não.

Nosso maior objetivo é deixar de sermos observadores frustrados da vida e detectar na nossa própria natureza os valores que colocarão o ego no seu devido lugar.

Precisamos agir pela razão e ao mesmo tempo pelo sentimento, sem deixar-se sermos possuídos pelas emoções e pelos impulsos. Mas ao longo da existência, nós nos distanciamos muitas vezes do sentido consciente e aprovamos algum sistema de abstração que, faz com que nos sintamos perdidos de nossa força vital. Parecemos hipnotizados conosco mesmos. E esquecemos que nossa missão é aprender com todas as coisas e retornar para plenitude básica. Que se encontra na sensibilidade do amor e na forma da compaixão.

Tudo já existe do lado de dentro. Apenas temos que abrir a mente e visualizar por um ângulo mais desperto. Mas ao invés disso, teimamos em sacrificar-nos por quaisquer, sentimento perdido e permitimos que nossa consciência, venha a se tornar, cada vez mais individualizada. Nisso surgem incompatibilidades que cegam a nossa essência e adormecem o ponto de vista de situações acertadas. É quando passamos do racional para o irracional, porque anulamos os nossos verdadeiros propósitos e não correspondemos ao que Deus, espera de nós.

A lógica não está necessariamente organizada por padrões num sistema de alternativas mútuas. É preciso conhecer a si mesmo e conhecendo-se, separar; o que é da matéria para matéria e o que for do espírito exclusivamente, para o espírito. Sem esquecer-se, de projetar sobre essas coisas o mesmo coração. A descoberta de quem realmente somos é a coisa mais importante à fazer. Porque não iremos nos opor contra a nossa natureza, nem perderemos o nosso maior predicado que é: Amar e Servir sem condições. é necessário esquecer de nós mesmos, para sermos lembrados por nós mesmos e pelo Universo.

Isso requer paciência e sabedoria. Anular o próprio ego, não é tarefa fácil. Ainda mais, no mundo presente que, individualiza tudo e proporciona uma vida, como se fossemos “ilhados”. Muita facilidade. E tudo, para que sejamos afastados uns dos outros. É a nossa espécie de humanos que, se encontra em extinção e a individualidade sempre atuante em alta. Se observarmos as outras espécies, veremos grupos formados para o desenvolvimento do mesmo. Mas nós caminhamos em grupos, porém é cada um por si e, onde fica Deus nessa nossa historia? Ele nos deu seu único filho para salvar-nos e esse único filho deixou noventa e nove... pra ir procurar e resgatar apenas uma...

O que representamos nessa época atual, para o nosso Deus? Separatividade? Singularidade errônea? Egoísmo? Antagonismo? Competição?

Porque nossas atitudes mudaram e não foram pra atos dignos. Muitos de nós, até pensamos que Deus exclui pessoas por tipo. Este serve e este não. Mas não são os excluídos os filhos amados de Deus? Ele não é o medico de toda vida? Não é a cura de todo mal? Ele não deixou noventa e nove, por causa de uma? E quem somos nós, para julgar pelas aparências? Quem não teve ou tiver errado na vida, que atire a primeira pedra.

Estamos sendo coniventes com essa sociedade moderna.

Por isso que, às vezes nos deparamos com empecilhos, ou seja... coisas, pessoas, fatos que se colocam à nossa frente, para nos lembrar, quem realmente estamos sendo para o nosso Deus.

Eu mesma tenho tido experiências desse trato e sei que o amor infinito de Deus, tem usado muitos recursos para que eu desperte, numa consciência maior e melhor e, em diversos níveis. E nessas horas o melhor a fazer é: É obter um sentimento de gratidão e aceitar, observando o que precisa ser transcendido e o que deve ser movido para um estado de Perdão. Pois seguir ao contrário é perder a identidade e ter que retornar para o estado primitivo. Digo: Zerar todo o cronômetro da vida, perdendo todo aprendizado... e ter que fazer o percurso novamente, até acertar.

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.